terça-feira, 31 de julho de 2012


O controle da Hipertensão Arterial Sistêmica:

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), mais conhecida por "pressão alta" é uma doença que acontece quando o sangue circula com mais força pelos vasos do corpo. Essa doença, normalmente, está associada à obesidade, já que o excesso de peso gera um maior esforço para os órgãos.

Já existiram vários critérios para definir se um paciente é hipertenso ou não, mas atualmente, dizemos que uma pessoa tem Hipertensão quando sua pressão é maior ou igual a 140x90 mm Hg (o que chamamos no dia-a-dia de 14 por 9) em, pelo menos, 3 ocasiões.

Muitas vezes, a Hipertensão se manifesta de forma leve, com sintomas como dor de cabeça, tontura, falta de ar e sangramentos pelo nariz. É uma condição extremamente perigosa, podendo causar danos graves ao coração, rins, olhos e cérebro.

Assim, o tratamento da Hipertensão Arterial deve ser feito corretamente. Para isso, é preciso, sempre, melhorar a alimentação e os demais hábitos de vida. Mas, atenção, a prática de exercícios e o uso de medicamentos deve ser realizada SEMPRE com a orientação do médico! Lembre-se que o remédio que faz bem a um parente ou amigo, nem sempre é o ideal para você. Da mesma forma, o tipo e a intensidade dos exercícios físicos varia de pessoa para pessoa.

Como dissemos, a mudança na alimentação e fundamental para controlar a pressão arterial, inclusive, para aqueles que não são hipertensos. Então, reunimos aqui algumas dicas para melhorar a sua forma de comer. Antes de tudo, é importante saber que melhorar a alimentação não quer dizer só comer coisas ruins ou sem tempero, mas saber mesclar os vários tipos de alimentos, buscando o melhor de cada um deles.

1. Hoje em dia, a maioria dos alimentos que consumimos é industrializada e, por isso, contém um alto teor de sódio. O problema é que o sódio (também presente no sal de cozinha) é muito prejudicial para o controle da pressão. Por isso, uma primeira dica é que você reduza o uso do sal e dos temperos prontos na hora de cozinhar. Prefira utilizar temperos naturais como tomate, cebola, alho, cheiro verde, orégano e louro.

2. Nos intervalos entre as refeições troque o consumos das "besterinhas" como lanches fritos e biscoitos por frutas ou iogurtes, de preferência, os desnatados.

3. Quando for comprar um determinado alimento, observe o rótulo e escolha as marcas que possuam uma menor quantidade de sódio na porção.

4. Ao utilizar adoçantes evite os com ciclamatos ou sacarinas, pois eles contêm muito sódio.

5. É ideal também parar de fumar e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas. Peça ajuda do seu médico. Atualmente, existem várias formas de deixar o cigarro.

 Caso você tenha dificuldade em mudar seus hábitos alimentares, não desista! Se parar de comer frituras, por exemplo, é muito difícil, tente restringir seu consumo aos finais de semana.

Para saber como está sua alimentação e obter mais dicas para uma alimentação saudável, visite: http://www.endocrino.org.br/como-esta-sua-alimentacao/

Aproveite sua visita ao nosso blog e comente sobre seu atendimento médico no site do (im)Paciente: http://www.impaciente.org

terça-feira, 24 de julho de 2012


Com certeza você já ouviu falar sobre hepatite, mas você sabe qual a diferença entre os seus vários tipos? E quais delas têm vacina? Essa semana falaremos sobre essa doença que é um grave problema de saúde pública, podendo se manifestar de maneira silenciosa.
A hepatite é uma doença que provoca inflamação do fígado, o que pode ser causado por várias coisas, como drogas, medicamentos, álcool e microorganismos. Vamos tratar hoje das hepatites causadas por vírus.

As hepatites virais estão relacionadas a 5 tipos de vírus diferentes que levam a 5 tipos de hepatites: A, B, C, D e E. Esses 5 vírus são completamente diferentes uns dos outros. A única semelhança entre eles é que atingem o fígado e , por isso, vão gerar doenças muito parecidas. Assim, quando alguém aparece com sintomas de hepatite, o médico não consegue dizer só pelo exame clínico qual o tipo da doença. Para descobrir qual o agente causador é preciso fazer um exame laboratorial.

A hepatite costuma se manifestar com febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, pele e olhos amarelados, fezes esbranquiçadas. Porém, em geral, os sintomas só aparecem em estágios mais avançados da doença.

Outra coisa importante, é que o desenvolvimento da doença por um tipo de vírus não dá imunidade contra outro tipo. Ou seja, o fato de uma pessoa ter tido Hepatite A, por exemplo, não impede que ela tenha Hepatite B. Também é possível que uma pessoa tenha, ao mesmo tempo, hepatite aguda causada por mais de um vírus. Dizemos, portanto, que não há relação de imunidade cruzada entre os vírus.

Em relação a forma de transmissão podemos separar os vírus em dois grupos:
As hepatites A e E são transmitidas por vírus que são eliminados nas fezes. Por isso, dizemos que têm transmissão entérica e a pessoa contrai a doença por água e alimentos contaminados com o vírus.
Já as hepatites B, C e D são transmitidos pelo sangue e seus derivados, o que chamamos de transmissão parenteral. Como na hepatite B, os vírus ficam em concentração muito alta no sangue, ele também vai estar presente em outras secreções do corpo e, assim, pode ser transmitido pela via sexual.

Em relação a doença que esses vírus causam, as hepatites A e E se manifestam na forma aguda e são tidas como benignas, pois o vírus é eliminado do organismo. Normalmente, a pessoa só tem essa doença uma vez na vida. Porém, pode ocorrer a hepatite fulminante, que é quando a lesão causada pelo vírus é tão forte, que o órgão não consegue se regenerar, entrando em falência. Essa é uma das maiores causas de transplante de fígado, pois há grande risco de morte.
Por outro lado, nas hepatites B, C e D os pacientes podem não ter os vírus eliminados do corpo e apresentam mais chances de desenvolver uma doença crônica, em que não haverá cura. Por exemplo, cerca de 10% dos pacientes com hepatite B e 85% dos com hepatite C vão evoluir para  forma crônica. Tal infecção crônica pode levar à complicações a longo prazo como o câncer de fígado e a cirrose hepática.


Atualmente, existem vacinas para as Hepatites A e B. A vacina para hepatite B é fornecida nos postos de saúde e faz parte do calendário nacional de vacinação. Já a vacina para a hepatite A é encontrada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), também do SUS, mas ela só é aplicada por recomendação do médico e em casos especiais, como em portadores de doenças do fígado, de hepatites B ou C crônicas e crianças com HIV.

Para saber mais sobre distribuição de medicamentos pelo SUS e outras campanhas realizadas pelo governo para as hepatites, acesse o Portal do Ministério da Saúde:

http://www.aids.gov.br/hepatites-virais

segunda-feira, 16 de julho de 2012


Gravidez e Diabetes: uma relação perigosa.


Durante a gravidez, o corpo feminino passa por diversas transformações. É, sem dúvida, uma condição que inspira cuidados,principalmente, se a mãe desenvolver diabetes.


Você já deve ter ouvido falar que os açúcares são fonte de energia para o nosso corpo. As células utilizam esses açúcares como combustível para produzir a energia necessária para realizarmos nossas atividades diárias, sendo que a glicose é o açúcar preferido pelas nossas células.


Quando comemos, a glicose presente nos alimentos vai parar no sangue e para que ela chegue dentro das células para ser utilizada é necessária a participação da insulina. Este é um hormônio produzido pelo pâncreas, que tira a glicose do sangue e manda para dentro das células. Se esse processo for comprometido em algum ponto, haverá alteração das taxas de açúcar no sangue, dando origem ao diabetes.


Assim, na gestação duas situações podem ocorrer: ou a mulher já tem diabetes e engravida ou a mulher desenvolve a doença durante a gravidez. Neste caso, ocorre o diabetes gestacional.


As mulheres que engravidam com mais de 25 anos, obesas ou que tenham apresentado diabetes em outra gestação, tem maiores chances de desenvolver a doença. Porém, isso não é um critério definitivo. Assim, nem todas as mulheres que tem algum desses fatores vai, necessariamente, ter diabetes gestacional bem como nem todas as que apresentam a doença tiveram alguma dessas características.


Geralmente, os níveis de açúcar no sangue materno se normalizam logo após o parto e o diabetes gestacional desaparece. No entanto, a sua permanência, assim como o surgimento de outras complicações depende, também, do tratamento recebido durante a gravidez.


Portanto, essa condição é muito prejudicial, podendo trazer complicações tanto para mãe quanto para o bebê.


Dessa forma, é muito importante detectar o diabetes gestacional logo no início da gestação. Isso é feito medindo os níveis de glicose no sangue da mãe, o que deve ser realizado na primeira consulta do pré-natal.


Caso você queira saber mais sobre cuidados às gestantes com diabetes acesse o link do site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia:
http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-gestantes-com-diabetes/



sábado, 7 de julho de 2012


O que é Medicina de Família e Comunidade?

Nos últimos anos temos escutado muito sobre Saúde da Família, Clínicas
da Família, Programa de Saúde da Família, etc. Mas, afinal, o que é a
Medicina de Família e Comunidade (MFC)?

 O século XX foi muito marcado pelo desenvolvimento da ciência. Na
medicina, isso se manifestou, entre outras coisas, com o aumento de
especialidades médicas. Existem especialistas em partes do corpo
(coração, estômago, olhos), em doenças (doenças infecciosas, doenças do
sangue), em idades (crianças, idosos) e em determinadas técnicas
(Raio-X, cirurgia cardíaca, exames de laboratório).

 Todas essas especialidades são muito importantes, mas, o que vem
ocorrendo ultimamente é o que chamamos de "fragmentação do cuidado em
saúde". Ou seja, uma pessoa é atendida por vários médicos diferentes,
de especialidades diferentes, que não conversam entre si. Esse
fenômeno é causado pela falta de integração entre os médicos
especialistas que cuidam de um mesmo paciente.  Dessa forma, não tem
ninguém para coordenar tudo isso, alguém que se responsabilize pelo
paciente como um todo e que analise, por exemplo, a interação entre os
diversos medicamentos que o paciente está tomando.

 Então, a solução está na coordenação entre as ações tomadas em
relação ao paciente, o que pode ser feito por qualquer um dos médicos
envolvidos no tratamento, mas é mais fácil de ser realizado por um
médico de família.

   Isso porque tal prática de coordenação faz parte da filosofia da
MFC, sendo uma competência da formação do médico de
família. 

A MFC é uma especialidade que tem por característica ser centrada na pessoa, buscando entender e tratar os fatores que levam alguém a ficar doente e não somente tratar a doença. Sendo assim, esse profissional tem maior tendência a não se deter somente a um órgão ou sistema, mas sim analisar e tratar todo o paciente, em seus aspectos físicos, biológicos e psico-sociais, entendendo que um ser humano é o resultado de suas relações familiares, do trabalho e da comunidade em que vive.

Sendo assim, esse médico irá assumir o cuidado não só por uma parte
de um paciente, mas sim por famílias inteiras, tratando de forma
integral cada membro que a compõe.

Caso você queira saber mais sobre a Medicina de Família e Comunidade, visite o site
da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade:
http://www.sbmfc.org.br/