sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Gripe: uma Virose Respiratória


Você sabia que as viroses respiratórias são umas das grandes causas de consultas ao médico? São também uma das principais responsáveis por morte de crianças de 1 a 3 anos e também de idosos. Provavelmente, você já deve ter notado a grande presença dessa doença em nosso meio. Por isso, essa semana, o blog do (im)paciente se dedica a falar sobre as gripes, um dos tipos de virose respiratória, explicando suas causas, formas de transmissão, sintomas, diagnóstico e tratamento.

As gripes já foram responsáveis por surtos em diversos países, causando muitas mortes, como no caso da Gripe Espanhola, em 1918. O exemplo mais recente foi com a Gripe Suína (H1N1), em 2009, que deixou muitos doentes e mortos, inclusive no Brasil.

As gripes são mais comuns durante o inverno nos países mais frios; já nos países tropicais e equatorianos, como é o caso do nosso país, são mais comuns nas épocas de chuva. Isso porque a temperatura baixa e a umidade elevada facilitam que o vírus fique vivo e viável nas secreções respiratórias eliminadas.

A gripe, também chamada de Influenza, é causada por 3 tipos de vírus: A, B e C. O tipo A é o mais comum, que gera os sintomas mais graves. Normalmente, é o que está associado as epidemias e pandemias. Ele infecta suínos, equinos, aves e humanos; o tipo B costuma ser mais brando e só afeta humanos; o tipo C também só afeta humanos, mas não provoca doença.

O vírus do tipo A tende a ser mais grave, justamente por infectar tanto animais como homens. Assim, pode haver uma "mistura" dos vírus que estão no homem e no animal, criando variações extremamente agressivas do vírus, que são capazes de causar pandemias e epidemias.

Com o envelhecimento da população brasileira, tem-se dado cada vez mais importância às gripes, implementando-se, inclusive, os programas de vacinação para tais viroses, os quais tem maior foco sobre os mais velhos.

A gripe é uma das doenças respiratórias causadas por vírus. Trata-se de uma infecção aguda, que tem por principais sintomas a congestão nasal, tosse produtiva (com secreção), inflamação na garganta, dores musculares (dores no corpo), cansaço, fraqueza, dor de cabeça, vômitos, diarreia, perda de peso e febre alta, normalmente acima dos 39ºC.

Os vírus Influenza se multiplicam nas células do trato respiratório superior e atingem as secreções respiratórias. Assim, quando uma pessoa infectada espirra, tosse ou até mesmo conversa, acaba transmitindo o vírus a outras pessoas.

O período de incubação, que é o tempo que a doença leva pra se manifestar a partir da contaminação, é curto nas gripes. Assim, poucos dias após a contaminação, a pessoa já está apresentando os sintomas. Porém, é válido lembrar que, durante o período de incubação, mesmo não tendo desenvolvido os sintomas ainda, o paciente já pode transmitir o vírus.

Uma das coisa importantes de se saber é que a infecção pelo vírus facilita a ocorrência de infecções por bactérias, principalmente em crianças e idosos. Assim, é comum ocorrer secundariamente a uma gripe, quadros de otite (inflamação nos ouvidos), pneumonia (inflamação nos pulmões) e sinusite (inflamação nos seios da face).

O diagnóstico laboratorial das infecções respiratórias agudas, que é o caso das gripes, tem se desenvolvido mais devido aos maiores investimentos da indústria farmacêutica nessa área.

O tratamento pode ser feito com medicações antivirais, como o caso do Tamiflu, que ficou muito conhecido durante o surto de Gripe Suína no Brasil há cerca de 3 anos. Porém, também existem tratamentos inespecíficos, que buscam aliviar os sintomas, como o uso de oxigênio, nebulização, fluidificantes, analgésicos e antitérmicos.

Vale apena lembrar ainda que as gripes se diferenciam dos resfriados, outro tipo de virose respiratória. A gripe costuma ter o início súbito, produzir um intenso mal estar, com calafrios, além dos sintomas que já listamos. No resfriado, esse quadro característico da gripe é incomum. O mais habitual é a pessoa ir desenvolvendo os sintomas lentamente, apresentando rouquidão, tosse seca (sem secreção) e coriza.

Caso você apresente qualquer um desses sintomas, o ideal é procurar logo um médico. Evite se auto medicar!








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quinta-feira, 13 de setembro de 2012



O que é Refluxo?

Se você tem ou já teve contato com algum bebê, provavelmente, já ouviu falar em refluxo. Porém, você sabe o que, exatamente, é o refluxo? E que ele pode atingir pessoas de várias idades?
O Refluxo Gastroesófagico (RGE) é um nome difícil que os médicos dão para o retorno passivo do alimento que já estava no estômago para o esôfago, um tubo musculoso que liga a boca ao estômago. 

Em bebês que ainda mamam (lactentes), crianças e adultos, essa passagem pode ocorrer espontaneamente, sem que isso seja um problema. No entanto, quando esses eventos acontecem de forma persistente e mais duradoura (o normal é durar uns 3 minutos apenas), costumam ocorrer complicações mais sérias, o que caracteriza uma doença, a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).

Isso acontece porque quando engolimos, o esofâgo realiza vários movimentos para que o alimento desça para o estômago. Por sua vez, quando a comida chega ao estômago, este dilata, o que faz o esôfago ficar mais relaxado. O problema ocorre quando esse relaxamento do esôfago acontece em excesso, permitindo que o alimento volte.

A DRGE pode ser primária quando acontece por alterações do trato digestório alto ou secundária, quando algum outro problema está causando o refluxo,  como infecções, malformações congênitas, alergia ao leite de vaca, etc.

Nos lactentes, é muito comum o Refluxo Gastroesofégico Fisiológico, aquele que é normal nos primeiros meses de vida. Contudo, acredita-se que 5% desses bebês tenha a Doença (DRGE). Suspeita-se disso quando os sintomas continuam depois dos 2 anos, podendo persistir por toda infância e até adolescência.

Os sintomas dessa doença são vários e costumam mudar de acordo com a idade, mas, em geral, se dividem em típicos ou atípicos. Os sintomas típicos são aqueles que tem a ver diretamente com o retorno do alimento do estômago para o esôfago. Já os sintomas atípicos são mais gerais.

Nos bebês, os sintomas típicos costumam ser baixo ganho de peso, vômitos recorrentes, recusa em se alimentar, irritabilidade. Em crianças maiores e adolescentes, os sintomas podem ser mais bem definidos, até porque nessa idade, eles já conseguem expressar melhor o que sentem. Queixas frequentes são azia, náuseas, desconforto abdominal, dor no tórax, além dos vômitos frequentes. Os sintomas atípicos são comuns a todas as faixas etárias e são, principalmente, tosse crônica, chiados nos pulmões, asma crônica, rouquidão, pigarro, pneumonias constantes, dor de garganta crônica e alteração do esmalte dos dentes.

Existem inúmeras causas de vômitos e regurgitações. Por isso, para fazer um diagnóstico correto entre o Refluxo Gastroesofágico e a Doença do Refluxo Gastroesofágico, é fundamental que o médico seja bem criterioso, colhendo uma história completa do paciente, inclusive da sua alimentação e fazendo um bom exame físico, solicitando exames complementares se for preciso.

O tratamento da DRGE tem por objetivo reduzir ou, pelo menos, diminuir a intensidade dos sintomas e prevenir complicações, melhorando a qualidade de vida do paciente. Muitas vezes, quando a Doença é tida como não complicada nos bebês, o médico pode optar por um tratamento com medidas de suporte, sem que seja necessário submeter a criança a outros exames, que podem ser bem desconfortáveis. Por exemplo, manter o lactente em posição vertical após as mamadas por 20 a 30 minutos, o que facilita o "arroto" e o esvaziamento do estômago em direção ao intestino.

Como tratamento, também são propostas mudanças na dieta da criança, como o espessamento da dieta. Existem, inclusive, algumas fórmulas alimentares que fazem isso, reduzindo a quantidade de leite no alimento e substituindo por outros carboidratos mais densos, que têm mais dificuldade em retornar pelo esôfago.

É importante ter em mente que essa Doença pode ser bem grave, acarretando perda nutricional grave e hospitalização. Por isso, fique de olho nos sintomas e, em qualquer dúvida, procure sempre um médico.


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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Complicações do Diabetes:

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença extremamente comum nos dias atuais. Porém, muitas pessoas não entendem bem a sua gravidade e acabam descuidando da sua prevenção e tratamento. Assim, hoje vamos falar das complicações que o DM pode trazer, principalmente quando não é tratado corretamente.


Como já explicamos na publicação do dia 16 de Julho, sobre Diabetes e Gestação, essa doença consiste em um distúrbio do metabolismo.

Para refrescar nossa memória, vamos fazer uma breve recordação: as células utilizam açúcares, como a glicose, para produzir a energia que utilizamos em nossas atividades diárias. Após comermos, esses açúcares presentes nos alimentos vão para o sangue. Um hormônio chamado insulina, que é produzido pelo pâncreas, pega esses açúcares e leva para dentro das células, a fim de que elas produzam energia para o nosso corpo. Quando há algum problema nesse processo, ocorre o Diabetes Mellitus. Se o pâncreas pára de produzir insulina, ocorre o DM tipo 1; se as células do corpo deixam de responder a ação do hormônio insulina, tem-se o DM tipo 2.

Porém, o problema dessa doença não é algo simples, como somente ter o "açúcar alto no sangue". Podem ocorrer quadros agudos graves, até mesmo fatais, bem como complicações crônicas, envolvendo vários sistemas do corpo humano. Olhos (retinopatia), rins (nefropatia) e sistema nervoso (neuropatia) frequentemente são atingidos.

Além disso, o DM é a principal causa de amputação não traumática de membros, ou seja, aquelas amputações que não são causadas por algum trauma, como acidentes, por exemplo. Isso porque o açúcar alto no sangue, dificulta o processo de cicatrização, principalmente nos membros inferiores. Com isso, feridas e úlceras nos pés, comumente infeccionam, causando o que é conhecido como pé diabético, podendo levar à gangrena.

Também podem ocorrer complicações cardíacas. As causas mais comuns de óbito no DM tipo 1 são doença coronariana precoce e insuficiência renal. Já no tipo 2, as causas mais comuns são infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico (derrame).

Caso você seja diabético ou conheça alguém que seja, não precisa se assustar. Nosso objetivo é apresentar as complicações dessa doença para que você tenha mais conhecimento e possa se cuidar melhor.

 É muito importante fazer um controle rígido da glicemia, que é a quantidade de açúcar presente no sangue. Controlar o colesterol, a hipertensão arterial e a obesidade também ajudam a prevenir complicações graves. Você pode conseguir isso tendo uma alimentação mais saudável e praticando exercícios. Para saber mais sobre como se alimentar adequadamente para o DM, reveja nossa publicação "Alimentação e Diabetes" do dia 8 de Agosto. 

Se você não é diabético, mas tem a glicemia alta ou já está pré-diabético, não deixe de se cuidar, evitando o surgimento dessa doença. O Diabetes Mellitus não tem cura e o tratamento envolve o uso de medicação oral, medição constante da glicemia e até mesmo a aplicação de insulina injetável, todos de uso contínuo. Lembre-se, prevenir é sempre melhor!

Não deixe de consultar sempre um médico e não tome ou suspenda o uso de algum medicamento por conta própria!

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