sexta-feira, 30 de novembro de 2012

“Diabetes mata quatro vezes mais do que AIDS”

Esse dado, ao qual faço referência no título, foi veiculado logo um dia antes do Dia Mundial do Diabetes (14/11) pelo Ministério da Saúde e demonstra a crescente preocupação com o aumento de pessoas que faleceram por consequência direta do Diabetes. Muito além, esse dado reflete a dificuldade enfrentada pelos profissionais de saúde e pacientes no manejo dessa doença que, em 2010, participou direta ou indiretamente no óbito de quase 123 mil pacientes, enquanto que a AIDS levou ao óbito 12 mil pessoas e os acidentes automobilísticos causaram o falecimento de cerca de 42 mil óbitos.

Para entender melhor o fenômeno devemos analisar, primeiramente, as estratégias de prevenção das duas doenças. Enquanto a AIDS, ganhou notoriedade e causou medo na década de 80, ocasionando extensivas campanhas de prevenção e informação sobre a doença, o diabetes tem sua estratégia de prevenção mais tímida e com pouco impacto. Além disso, o diabetes é uma doença crônica de difícil controle, quando este é exercido apenas por medicação e insulina. A evolução das pesquisas na AIDS, associada ao manejo dos fatores de risco para infecção (exposição ao vírus por via sexual ou uso de agulhas contaminadas, por exemplo) fez com que os pacientes com a Síndrome sobrevivessem mais e inclusive tenham filho sem infeção.

Com isso, fica evidente a face mais feia da medicina contemporânea: a medicalização. O despreparo de alguns médicos em informar sobre os fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes e em conseguir a adesão de seus pacientes a hábitos de vida mais saudáveis, demonstra que o perfil do médico precisa se adequar a essa realidade.

Enquanto que na AIDS, o medicamento auxilia no controle da quantidade de vírus circulando (Carga Viral) e no aumento de Células de Defesa (Linfócitos T CD4), aumentando a sobrevida do paciente, no diabetes o simples uso de medicamentos sem a mudança do estilo de vida tem pouco impacto. Nessa hora, programas de fornecimento de medicamentos gratuitos ou construção de academias da saúde terão impacto reduzido, caso os profissionais de saúde, especialmente o médico, não participarem da vinculação desses itens aos benefícios a serem alcançados, como a redução do peso e da taxa de glicose no sangue, por exemplo.

O desinteresse do médico em convidar seus pacientes para atividades que beneficiarão não apenas a saúde da população, mas, sua saúde também, faz com que a academia, ou a prática de exercícios físicos sejam apenas parte de um discurso da consulta (aquela velha frase de todo médico: "Você tem que se cuidar e fazer exercício!"). Para alguns médicos, seu papel é apenas fazer esse discurso e prescrever o medicamento.

Uma observação interessante que gostaria de apontar é: alguns médicos são exemplos vivos do que não se deve fazer. Sua prática se enquadra perfeitamente na máxima : “Faça o que eu digo, mas, não faça o que eu faço”.

Portanto, é preciso mais do que um discurso por parte da equipe de saúde. Esta deve conquistar seus pacientes, convencê-los de que o tratamento é importante para sua saúde e aumento da expectativa de vida, e que este não deve ser feito apenas com remédios, mas com uma mudanças dos hábitos de vida.

Para acessar a notícia completa, acesse: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/11/diabetes-mata-quatro-vezes-mais-que-aids-no-brasil-diz-ministerio-da-saude.html

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"É só uma dorzinha"

Quem nunca tomou uma aspirina por causa de dor que atire a primeira pedra. A prática é comum, funciona boa parte das vezes, mas é arriscada. A dor é uma forma de seu organismo avisá-lo que algo vai mal. Seja aquela dor de cabeça no fim de um dia exaustivo de trabalho, a dorzinha nas pernas depois de esperar muito na fila do banco, a dor nas costas depois de uma longa viagem sentado, a dor no peito depois de um exercício puxado, todas elas têm seu significado, origens, e tratamentos diferentes.

Uma dor da cabeça pode ser desde estresse, até um tumor cerebral. Claro que é muito mais fácil, comum e provável que a sua dor de cabeça seja devido ao estresse. Mas tirou aquele período de férias, relaxou, e a dor de cabeça não foi embora? Tem alguma coisa errada. A dor de cabeça, ou cefaleia, como os profissionais da saúde chamam, tem muitos diagnósticos diferenciais: hipertensão arterial, sinusite, problemas de vista, otite, cárie, tumores, estresse, ansiedade... O cardápio é vasto.

E a dor no peito? Deu aquela dorzinha do lado esquerdo, e uma pessoa mais preocupada logo se desespera: "Meu Deus, estou infartando!". Calma! Muitas coisas podem ser dor no peito. Pneumonias e outras doenças pulmonares, doenças do trato digestivo, doenças de pele, musculares e ósseas, podem causar tanta dor quanto doenças cardiovasculares. Cada uma costuma ter seu padrão de aparecimento e suas características próprias.

O médico leva em conta vários aspectos de sua dor para fechar um diagnóstico. Ao contar de seu sofrimento doloroso para seu médico, pense: onde acontece a dor? Começou quando, e durou quanto tempo? Essa dor parece com alguma sensação? Com que frequência e ritmo ela aparece? Está associada a algum hábito, prática ou situação? Claro que um bom clínico vai fazer-te estas perguntas, mas não custa já vir com as respostas mais ou menos em mente.

Todo mundo sente dor. Automedicar-se pode ser perigoso, pois há muitas possibilidades para um mesmo tipo de dor. A dor é aguda, muito forte? Corra a uma emergência. Tem aquela mesma dorzinha de sempre, que vem e volta, incomoda, mas dá pra conviver? Procure um médico em um consultório, talvez ele possa te ajudar. Há muitos tratamentos para a dor, que vão desde mudança de hábitos, fisioterapia, medicamentos, até cirurgia. Como diz o ditado, cada um sabe de sua própria dor. Conte ao seu cuidador de sua dor, ele com certeza vai te ouvir!

Quer saber onde procurar alguém que ouça sua dor? Acesse http://impaciente.org/ e descubra!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pequenas mudanças, grandes benefícios

A prática regular e constante de atividade física tem seus benefícios mais do que comprovados e isso já não é mais novidade. A adesão à variadas modalidades, como caminhadas, corridas, natação e etc, além de prevenir diversas doenças, confere melhor estilo de vida, alteração de humor (para melhor), momentos de prazer e alegria.

Ultimamente, vem chamando a atenção, o aumento da divulgação, seja na TV seja em outras mídias, sobre as práticas esportivas e seus benefícios para a saúde e também para o tratamento de algumas doenças. Não que tal veiculação seja ruim, pelo contrário. O incentivo a atividade física é algo louvável, ainda mais em tempos como os atuais, nos quais ainda aumentam os números de indivíduos que sofrem com doenças como diabetes e hipertensão.

Tão importante quanto os exercícios físicos é a aquisição de uma alimentação balanceada. O equilíbrio entre esses hábitos é a receita segura para uma vida saudável. Porém, por diversas vezes, por falta de recursos ou  de tempo, acabamos deixando de lado um ou o outro, na pior da hipóteses, deixamos ambos.

Por mais difícil que seja, com um pouco de criatividade e dedicação é possível por em prática aqueles desejos que tanto nos prometemos a cada entrada de novo ano. Dando um passo de cada vez e mantendo a perseverança é possível sim. Mesmo que em pequenas atitudes a mudança é real e positiva.

Alguns blogs sugerem: "Refeições no mesmo horário, os lanchinhos devem ser nutritivos e pouco calóricos e servidos até 2 horas antes das refeições principais, limitar as bebidas à 125 ml de suco e 500 ml de leite por dia, sirva porções completas e pequenas e não force a criança para terminar tudo, evite distrações como jogos e televisão durante as refeições."

Para a prática esportiva, a substituição de elevadores e escadas rolantes por escadas normais é um bom começo. Além disso, deixar o carro na garagem e optar por uma caminhada e o transporte público, além de contribuir com o meio ambiente e com a diminuição do trânsito nos grandes centros, faz muito bem à saúde.

Exemplos como esses, mostram que não é preciso academias futurísticas  e caras, assim como personal trainer ou mudanças radicais na alimentação. Nas nossas atividades diárias descobrimos pequenas atitudes passíveis de alterações, com excelente relação custo/benefício.Outra dica é a prática de alongamentos dentro da própria casa, pela manhã e no final do dia.

Durante o mês de novembro, se reforçou o combate ao diabetes e, assim, não custa lembrar que pequenas atitudes podem causar repercussões imensas para a saúde de cada um. É hora de deixar a preguiça de lado e começar a melhorar o nosso estilo de vida. Vale a pena! É saudável! Curta essa ideia!


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Comunicação com pacientes em estado vegetativo


A comunicação com pacientes com demência, em estado vegetativo ou até em coma ainda é um dos grandes desafios para a prática médica. Como saber até que ponto vai a compreensão dessa pessoa? Será que ela concorda com os procedimentos? Será que está confortável? Ou sente dor? Recentemente cientistas canadenses deram um passo a frente na solução desse enigma.

Scott Routley, 39 anos, sofreu um acidente há 12 anos e desde então nunca mais foi capaz de falar ou sequer de focar o olhar. Em seu estado vegetativo ele era capaz apenas de abrir os olhos e respirar naturalmente, ou seja, sem ajuda de aparelhos. Nesse cenário, não era possível dizer se ele estava consciente ou não do mundo a sua volta.

A dúvida foi sanada com o trabalho de um grupo de neurocientistas da Universidade de Ontário, no Canadá, dentre eles o Dr. Owen. Nessa época esse médico e sua equipe já eram conhecidos por conseguir justamente, estabelecer níveis de consciência em pacientes vegetativos. Eles treinam esses pacientes para que eles consigam se comunicar.Você pode estar se perguntando como. Vamos explicar!

Durante um exame de ressonância magnética, onde são retiradas fotos em sequência do cérebro, o paciente é estimulado a imaginar coisas de seu cotidiano, como andar pela casa ou praticar algum esporte. Em cada uma dessa situações, uma parte distinta do cérebro é ativada. Em seguida, relaciona-se cada uma com respostas simples como SIM ou NÃO. No exemplo dado digamos que andar pela casa signifique SIM e praticar esportes NÃO. Daí para frente basta fazer as perguntas e observar que áreas do cérebro estão se iluminando. Foi assim que Routley foi capaz de informar aos médicos que não estava sentindo dor.

Routley não foi o primeiro paciente em estado vegetativo se comunicar. Em 2006, na Bélgica, um homem em estado vegetativo há 23 anos conseguiu o feito, através de um dispositivo conectado a um computador e, em 2010, um paciente em coma há 7 anos também respondeu sim e não através de um escâner cerebral.

Esses casos, ainda que raros, nos levam a uma constatação importante: um paciente que nos parece inconsciente pode, na verdade, não apenas estar consciente como também, ser capaz de participar de decisões do dia-a-dia.




Por Bruna Reis

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Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos tem osteoporose

Segundo levantamento da IOF (Fundação Internacional de Osteoporose, em tradução livre), a osteoporose afeta uma em cada três mulheres com mais de 50 anos em todo o mundo, fora as muitas que desconhecem a existência da doença. O problema se caracteriza pela perda de massa óssea e deterioração esquelética, o que deixa os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas.

Para entender o que acontece, é preciso lembrar que os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam complexos minerais com cálcio. Outra característica importante é que eles estão em constante processo de renovação, já que são formados por células chamadas osteoclastos, encarregadas de reabsorver as áreas envelhecidas, e por outras, os osteoblastos, cuja função é a de produzir ossos novos. Esse processo permanente e constante possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem fraturas e explica por que mais ou menos a cada dez anos o esqueleto humano se renova por inteiro.
Com o tempo, porém, a absorção das células velhas aumenta e a formação de novas células ósseas diminui. O resultado é que os ossos se tornam mais porosos, perdem resistência. Perdas mais leves de massa óssea caracterizam a osteopenia. Perdas maiores são próprias da osteoporose e podem ser responsáveis por fraturas espontâneas ou causadas por pequenos impactos, como um simples espirro ou uma crise de tosse, por exemplo.
Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada com o envelhecimento. Ela pode manifestar-se em ambos os sexos, mas atinge especialmente as mulheres depois da menopausa por causa da queda na produção do estrógeno (um hormônio produzido pelas mulheres, que tem sua produção muito reduzida com a menopausa).
Como é uma doença que se mantém silenciosa e não causa dor, geralmente só é identificada após a primeira fratura, mesmo sendo possível diagnosticá-la precocemente por meio do exame de densitometria óssea. Porém, de acordo com um levantamento, apenas 39% das mulheres com 45 anos ou mais já se submeteram ao exame. Desse número, 37% o fez somente uma vez.
Para o Dr. Marcelo Pinheiro, diretor da Abrasso (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), o baixo número de adesão ao exame é reflexo da falta de preocupação com a doença e de orientação por parte dos médicos. “É preciso fazer esse exame na mesma frequência que os preventivos ginecológicos. Falta uma campanha incentivando o diagnóstico precoce da doença e, principalmente, uma preocupação maior vinda dos próprios médicos”.
O ideal é que a densitometria óssea seja realizada anualmente a partir dos 40 anos, principalmente pelas mulheres que começam a entrar na menopausa — período em que a produção do hormônio estrogênio, responsável pela crescimento de todos os ossos, acaba diminuindo. Apesar de a doença ser mais comum entre os mais velhos, a osteoporose pode afetar pessoas de todas as idades e também do sexo masculino.
Medidas de prevenção contra a osteoporose devem ser tomadas desde a infância e, especialmente, na adolescência para garantir a formação da maior massa óssea possível. 

Para tanto, é preciso pôr em prática três medidas básicas: a dieta diária deve incluir alimentos ricos em cálcio como leite, queijos, iogurtes; tomar sol para fixar a vitamina D no organismo; e fazer exercícios físicos que são fundamentais para manter o tônus muscular e colaborar para que os ossos fiquem mais fortes, o que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas. Essas regras devem ser mantidas durante toda a vida.

Como dissemos, a osteoporose não é problema que atinge só as mulheres. Ela afeta também os homens. As causas mais comuns são o índice da massa corpórea abaixo de 20, a falta de exercício, diabetes, hipertireoidismo, doença do glúten, drogas contra a epilepsia ou imunossupressores usados em transplantes de órgão, história familiar da doença, tabagismo e alcoolismo.

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Crack - uma questão de segurança pública

Semana passada falamos do crack e sua relação com a saúde do usuário. Hoje, é a vez de falar sobre outra face do problema: o tráfico de drogas, a violência e o crack. Uma parte muito complicada e polêmica da epidemia do crack que tentaremos abordar.

Como já falamos na última publicação, o crack é um derivado da pasta base de cocaína. Essa pasta tem de vir de algum lugar. Até onde se sabe, a coca, planta de onde é extraída a cocaína, não é plantada no Brasil. As principais fontes da cocaína que chega ao Brasil são a Colômbia e a Bolívia. Esses países, mais o Peru, produzem cerca de 1 milhão de toneladas de cocaína por ano, sendo a Colômbia responsável por 75% da produção. No mundo, o narcotráfico fatura US$400.000.000.000,00 (sim, quatrocentos bilhões de dólares) ao ano! É uma indústria poderosa, que interfere com governos locais, possui braços armados, e é responsável por muito da violência da América Latina.

A cocaína chega ao Brasil pelas fronteiras desses países com Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ou então é transportada até o Paraguai e atravessa a fronteira pelo Paraná. Desses estados, a droga é distribuída ao Brasil inteiro. A droga passa por São Paulo para chegar ao estado do Rio de Janeiro, onde é comercializada por traficantes. Na cidade do Rio, o tráfico é repartido por diversas facções, que controlam comunidades pobres e entram em choque com frequência, produzindo muitas vítimas todos os anos.

O crack chegou a São Paulo na década de 1990, mas no Rio seu passado é mais recente, datando do final dos anos 2000. Ele é vendido nas chamadas "cracolândias", locais pouco ocupados pelo Estado, e bastante acessíveis a traficantes, que vendem o produto livremente a quem o buscar. As cracolândias geralmente ficam em locais com baixa movimentação financeira e pouco policiamento, mas não necessariamente longe de moradores, que muitas vezes são atormentados pelos usuários e traficantes durante a noite.

No Rio de Janeiro, havia uma grande cracolândia próxima à favela de Manguinhos, zona Norte da capital. Com a ocupação da comunidade pelo batalhão de choque e repressão ao tráfico no local, houve uma reorganização dos locais de venda e consumo que gerou a crise em que agora nos encontramos: uma cracolândia em plena Avenida Brasil, próxima à favela Parque União, pertencente ao complexo da Maré, também na zona Norte.

A estratégia tomada pela Prefeitura tem sido operações de acolhimento, em que usuários são convencidos a dar entrada em casas de internação. O que tem acontecido de fato são operações em que a polícia militar e os assistentes sociais vão à cracolândia e levam muitos usuários de drogas até os locais de internação, onde podem optar por receber o acolhimento ou voltar para a rua.

Usuários de crack na Av. Brasil têm atravessado a rua em qualquer ponto, de maneira súbita e desorganizada, atirando-se na frente dos veículas e colocando em risco sua segurança e à dos motoristas. Os motoristas quase têm de parar, quando há engarrafamento, e estão sujeitos a assaltos e ataques dos usuários desesperados por consumir mais droga.

Pensando na situação, o prefeito Eduardo Paes tem muito falado da internação compulsória como forma de solucionar o problema. Não pretendemos aqui responder a pergunta "internação compulsória, sim ou não?", mas trazer os pontos principais do problema à reflexão. Semana que vem, fecharemos o assunto com um texto sobre a questão social do crack. Enquanto isso, que tal pesquisar mais sobre o assunto?

Antes, dê uma passada em nosso site, e dê sua opinião sobre o atendimento médico que recebeu! www.impaciente.org

Fontes:

http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/videos/galeria-de-videos-campanha-regionalizada/crack-e-possivel-vencer-rio-de-janeiro


http://latino.foxnews.com/latino/news/2012/08/19/brazilian-drug-dealers-say-no-to-crack-in-rio/

domingo, 18 de novembro de 2012

ANS define princípios para Oferta de Medicação Domiciliar


No dia 31 de outubro de 2012, a Agênia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou a Resolução Normativa 310, que define os princípios para a oferta de medicamentos para uso domiciliar a beneficiários de planos de saúde portadores de doenças crônicas.

Segundo a Agência, o objetivo da resolução é reduzir o subtratamento de doenças como: diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma brônquica, insuficiência coronariana e cardíaca congestiva, enfermidades de maior prevalência na população. Além disso, ela elucidará para o beneficiário como será essa oferta de medicamentos.

Entretanto, esta oferta é facultativa. O artigo 10 da lei 9656 possibilita ao plano a exclusão da oferta de medicação domiciliar. Por ser tratar de um contrato acessório, podem haver custos para os usuários dos planos, mas a ANS estuda possibilidades de incentivos para as operadoras que adotarem esta conduta para seus clientes.
Nas palavras de Maurício Ceschin, Diretor Presidente da ANS: "ao regulamentar esse tema, a ANS quer estabelecer critérios mínimos como primeiro passo regulatório para tratar a questão. 

Trata-se de uma ação importante tanto para as operadoras quanto para os beneficiários, já que todos poderão ter acesso à continuidade do tratamento e redução de possibilidade de complicações”.

Com este resultado ambos lucram: o paciente, em saúde (e possivelmente reduzindo seus gastos, pois dependendo da complicação, caso seu plano não cobrisse a situação ele teria de pagar por fora ou tentar o serviço pelo Sistema Único de Saúde - SUS) e operadora do plano, por ter menores gastos com a recuperação do paciente do que se tivesse que cobrir a resolução de uma complicação mais séria.
Esta Resolução foi estudada por um grupo técnico composto por: órgãos de defesa do consumidor, operadoras de saúde, representantes de beneficiários, profissionais da área de saúde, indústrias e empresas contratantes destas operadoras, permanecendo cerca de 30 dias (4/09/12 até 6/10/12) para consulta pública para receber contribuições da sociedade.


Veja agora algumas perguntas e respostas da ANS sobre o assunto:

1) Que coberturas já são obrigatórias hoje para a assistência farmacêutica?
Todos os medicamentos ministrados nos períodos de internação contam com cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Já para os medicamentos administrados em ambiente ambulatorial, as coberturas obrigatórias se dão nos seguintes casos: 
medicamentos registrados/regularizados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) utilizados nos procedimentos diagnósticos contemplados no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS; quimioterapia oncológica ambulatorial, incluindo medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento e adjuvantes que necessitem ser administrados sob intervenção direta de profissionais dentro de estabelecimento de saúde; e Terapia Imunobiológica Endovenosa para Tratamento de Artrite Reumatóide, Artrite Psoriásica, Doença de Crohn e Espondilite Anquilosante, de acordo com diretrizes de utilização estabelecidas no Rol da ANS.

2) Existe alguma interface entre a nova norma e o programa Farmácia Popular?
Sim. O tema foi um dos principais estudos desenvolvidos pelo grupo técnico. Existem três patologias que podem fazer interface entre as duas propostas: Diabetes, Hipertensão e Asma. Para estes casos, o normativo oferece alternativas de princípios ativos, visando atender as prescrições feitas na saúde suplementar.

3) A oferta de medicação farmacêutica será gratuita para o beneficiário?
Na forma de oferecimento proposta pela RN 310 poderá ter custo para o beneficiário, conforme previsto na resolução.

4) O que há de novo na norma sobre medicação oral para câncer?
A inclusão de novas medicações domiciliares para câncer já está sendo discutida no Congresso Nacional e, quando for publicada, se dará através de cobertura obrigatória no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. O tema também faz parte dos estudos desenvolvidos pelo grupo técnico.

5) Foram desenvolvidos estudos que comprovem que a assistência farmacêutica traz benefícios para os usuários de planos de saúde?
Há evidências de que a oferta traz efeito positivo aos beneficiários: todas as normas da ANS primam pela pesquisa baseada em evidências científicas nacionais e internacionais, na busca pela qualidade da saúde oferecida aos beneficiários dos planos de saúde, bem como no equilíbrio do setor. O grupo técnico – composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos de defesa do consumidor, entre outros – estudou o tema e levou em consideração inúmeras publicações disponíveis que dão suporte à proposta feita pela ANS. Além disso, experiências práticas bem sucedidas de operadoras de saúde tanto no Brasil como fora do país também foram consideradas. 

6) Por que a ANS incentiva as operadoras de planos de saúde a oferecer a assistência farmacêutica?
As operadoras de planos de saúde são responsáveis pela saúde e pelo cuidado prestado aos seus beneficiários. A norma estabelece alternativas de princípios ativos para tratamentos de doenças crônicas prevalentes, visando atender as prescrições feitas na saúde suplementar. É uma norma que traz benefícios para todos: beneficiários, operadoras e sistema de saúde suplementar.


Para maiores informações consulte: http://saudeweb.com.br/33455/ans-define-principios-para-oferta-de-medicacao-domiciliar/


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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Crack - uma questão de saúde pública

A cena tem se repetido diariamente no noticiário: homens e mulheres, vestidos em farrapos, correndo descoordenadamente pelo meio da Avenida Brasil, em plena cidade do Rio de Janeiro. Poderia ser uma cena de filme de terror, digno daqueles sobre apocalipse zumbi, mas não é. A cena é real, é trágica, é crítica: é o crack. Nas próximas quintas-feiras, faremos uma série de publicações sobre o crack em seus diversos aspectos: a questão sanitária, a questão de segurança pública, e a questão social. 

Hoje, começamos com a relação entre o crack e o seu usuário - como seu organismo e sua mente são afetados. Queremos deixar claro que, antes de tudo, o vício pelo crack é uma doença. O usuário de crack necessita de tratamento e apoio. Criminalizá-lo é uma atitude simples demais para um problema tão complexo.

Para começarmos nossa conversa, precisamos saber: o que é o crack?

O crack é um derivado da pasta base da cocaína, que foi descoberto na década de 1980 nos EUA. Os traficantes descobriram que, ao invés de usar o éter dietílico, que transforma a pasta da cocaína em pó, poderia ser usado o bicarbonato de sódio, uma alternativa mais barata. O resultado dessa mistura foi a cocaína sólida - a pedra de crack - uma droga muito mais viciante, prazerosa, destrutiva e letal

O crack é utilizado da seguinte forma: coloca-se a pedra em um cachimbo, o fogo é aceso, e a fumaça é inalada, chegando aos pulmões, e deles, rapidamente para a corrente sanguínea e o cérebro. A sensação de prazer proporcionada é muito rápida e intensa, diferente da cocaína, que é um pouco menos rápida. O cachimbo para fumar a droga pode ser qualquer coisa: uma latinha de alumínio, um copo plástico, um cachimbo de madeira... E aí o problema se amplia, por que o usuário, além de inalar o crack, que por si só contém cocaína e amônia, também inala alumínio ou derivados do plástico. São muito mais produtos tóxicos do que apenas a droga em si.

O uso do crack provoca os seguintes efeitos imediatos: aceleração da frequência cardíaca, dilatação das pupilas, contração dos vasos sanguíneos, tremores, suor excessivo, ansiedade, nervosismo, delírio, prazer e vontade de consumir mais droga. Em conjunto, essas alterações no organismo levam a infarto do coração e de outros órgãos, hemorragia intracraniana, propensão a acidentes e atitudes violentas, vício, e o chamado "pulmão do crack", uma condição em que a contração dos vasos dos pulmões é tão grave que eles param de receber sangue, e os pulmões morrem por falta de oxigênio. É importante frisar: tudo isso acontece com uma única inalação da droga.

A longo prazo, além do risco aumentado de que ocorram essas complicações do uso único, uma série de transformações ocorrem no organismo. O usuário de crack emagrece, perde massa cerebral, tem alterações de personalidade, e se expõe a riscos imensos em troca da droga. Há pessoas que se prostituem em troca de pedras de crack, e acabam contraindo HIV e hepatite B. Outros roubam e cometem outros atos violentos, sendo alta a mortalidade dos usuários por assassinato, e mutilações devido a violência. O vício é tão intenso e incapacitante que a pessoa perde o convívio social, familiar, afetivo e trabalhista. Sua vida é arruinada, e a pessoa passa a viver à margem da sociedade, nas "cracolândias", onde têm fácil acesso à droga e podem consumi-la impunemente.

O tratamento para esse vício não é simples, como muitos imaginam, e envolve mais do que a simples remoção dos usuários das ruas e a internação obrigatória. A abstinência do crack leva o indivíduo a ter tremores, psicose, depressão, ansiedade, ideações suicidas, sono excessivo, desejo intenso de voltar a usar a droga, e incapacidade de sentir prazer com qualquer outra coisa que não seja cocaína. Ou seja: a vida dessa pessoa está destruída. Ela prefere morrer a viver sem o crack. É a morte em vida.

O tratamento do vício ao crack é feito através dos Centros de Atenção Psico-Social (CAPS). Neles, os pacientes recebem apoio de psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais. É feito todo um trabalho de reestruturação da vida do usuário de crack, e de alívio dos sintomas de abstinência, até que o paciente consiga lidar com o vício. Uma coisa importante de ser citada é que a maior parte dos usuários de crack tem família, e se desvinculou dela devido ao uso da droga. A família geralmente é desestruturada, e precisa de auxílio tanto quanto o usuário. O problema de saúde é coletivo.



Quinta-feira que vem, será a vez da perspectiva da segurança pública sobre o crack. Para fechar esse texto, queremos deixar aqui o recado: leiam mais sobre o assunto. Procurem fontes confiáveis. Evitem informações tendenciosas. Opiniões radicais nunca trazem a solução. A questão do crack é um problema de todos.

Referências:

Associação Brasileira de Psiquiatria - Abuso e dependência: crack

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Você conhece o vitiligo?


Hoje, falaremos em nosso blog sobre mais uma doença que atinge a pele: o vitiligo. Certamente, você já deve ter se deparado com algum portador dessa enfermidade, em que a pessoa perde a pigmentação da pele.

A cor de nossa pele é dada por um pigmento chamado melanina, que é produzido por uma célula especial, o melanócito. Assim, quanto mais melanina uma pessoa possui, mais pigmentada, mais escura é sua pele.

No vitiligo, ocorre a redução ou a total ausência dessas células especiais (os melanócitos) na pele. Existem algumas teorias para explicar esse desaparecimento dos melanócitos, mas ainda não se tem certeza do real motivo. O mais provável é que seja por uma razão auto-imune. Ou seja, o próprio organismo da pessoa produz anticorpos contra os melanócitos, destruindo-os.
 
O que caracteriza essa doença, portanto, é o aparecimento de manchas mais claras que o tom de pele da pessoa. Dizemos que essas manchas são acrômicas, pois são totalmente desprovidas de pigmentos, já que na região das manchas não há nenhum melanócito e, por isso, não há melanina dando cor à pele.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor é a chance de recuperação. Normalmente, é difícil que haja a repigmentação dos locais lesados, mas é bem mais comum que se consiga parar a evolução da doença, impedindo o surgimento de novas manchas.

Por isso, fique atento aos primeiros sinais! Em geral, as manchas começam hipocrômicas, que são manchas mais claras que o tom da pele normal, mas ainda tem alguma coloração, alguma pigmentação. Essas manchas apresentam o crescimento centrífugo e aparecem, preferencialmente, na face, punhos, digitais, dorso dos dedos, dobras da pele e eminências ósseas.

O tratamento é feito com medicamentos corticoides, fototerapia e até mesmo enxerto de pele em lesões estáveis.

Em caso de dúvidas, procure sempre um médico!



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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cartão Nacional do Saúde

Você que é usuário do SUS já teve ter notado que em todo atendimento te pedem a “carteirinha do SUS”, ou pelo menos o número dela. Mas você sabe exatamente para que ela serve?

O Cartão Nacional de Saúde - CNS, e seu número, é um cadastro de todo cidadão na área de saúde. O objetivo é que toda informação (histórico, anotações de consultas e até resultados de exames) seja registrada no mesmo lugar. Dessa forma todo profissional de saúde autorizado pode ter acesso aos dados de um paciente, diminuindo o risco de perda de informações. O CNS também permitirá o registro em prontuários eletrônicos únicos, permitindo o acesso aos dados em qualquer unidade de saúde, tanto pública quanto privada.

Mas atenção! Você que possui plano de saúde também deve usar o cartão. Os mesmos benefícios em relação ao banco de dados único que se aplica aos pacientes do SUS podem servir para você. A sua operadora de plano de saúde deverá cadastrá-lo no sistema e receberá o número do seu CNS. Você pode solicitar que ela o informe do mesmo.

Além disso, o CNS traz benefícios para a gestão do sistema de saúde do país. Com ele será mais fácil a coleta de dados e índices necessários, por exemplo, para a organização de protocolos de atendimento e estudos epidemiológicos.

Veja a seguir uma lista das principais dúvidas sobre o CNS:

1) Como posso obter meu cartão? Preciso ir a um posto de saúde ou hospital do SUS?
Quem tem plano de saúde não precisa ir a postos de saúde ou hospitais do SUS com o objetivo de cadastrar-se, uma vez que será cadastrado pela ANS na primeira etapa do projeto, ou pela empresa operadora de seu plano de saúde, após o início da nova rotina. Quem é beneficiário de plano de saúde será informado sobre seu número de cartão pela operadora de seu plano.
Quem não possui plano de saúde poderá se cadastrar no momento do primeiro atendimento em saúde na rede pública ou conforme o planejamento do secretário de saúde responsável pela região de moradia da pessoa. É importante ressaltar que o cadastramento da pessoa resultará na obtenção de um número de cartão, a ser amplamente utilizado nos momentos de atendimento em saúde, independentemente da emissão de cartões em plástico.

2) No caso de quem nunca utilizou o SUS e tem plano de saúde, como saberá o seu número do Cartão Nacional de Saúde, já que nem todos terão acesso ao cartão em plástico?
O beneficiário de plano de saúde só terá acesso ao número do CNS se a operadora repassá-lo. Porém, cabe ressaltar que isso não é exigência da ANS. Também é importante destacar que o prazo para que todos os beneficiários de planos de saúde tenham seu número de Cartão Nacional de Saúde emitido é junho de 2013.

3) Os clientes de plano de saúde terão, além de seus cartões do plano, o Cartão Nacional de Saúde? O número do Cartão Nacional de Saúde deverá constar nos cartões de plano?
O projeto atual tem como foco o cadastramento das pessoas, priorizando a qualidade dos dados registrados e o desenvolvimento de sistemas de informática que darão o suporte necessário à operacionalização do uso do Cartão nos atendimentos em saúde.
Os clientes de plano de saúde poderão ter dois cartões, caso em eventual atendimento no SUS haja a emissão do Cartão Nacional de Saúde em plástico.
No futuro, o número do Cartão Nacional de Saúde deverá constar nos cartões de plano, de maneira que as pessoas que tenham planos de saúde possuam apenas um documento de identificação onde constem os principais dados essenciais para o seu atendimento na rede de saúde brasileira, seja pública ou privada.

4) Em atendimentos no SUS de pessoas com plano de saúde, o número será solicitado?
Nos atendimentos no SUS, o número do Cartão da pessoa poderá ser obtido por meio de consulta à base de dados, que terá âmbito nacional, não diferenciando indivíduos com ou sem plano de saúde. Os mesmos sistemas informatizados serão acessíveis pelo SUS e por empresas operadoras de planos de saúde.

5) Há algum risco de não atendimento, caso a pessoa não esteja com seu cartão ou com seu número?
Não. Seja no SUS ou na rede privada, ninguém poderá ter seu atendimento negado por não portar o cartão ou o número do cartão. Da mesma forma, nenhum beneficiário de plano de saúde poderá ter seu plano cancelado devido à ausência deste número.

6) Clientes de planos de saúde com coparticipação podem ter o percentual cobrado caso as operadoras paguem ao SUS o procedimento eventualmente realizado, em processos de ressarcimento ao SUS?
Toda pessoa em território nacional tem o direito à saúde assegurado pelo Estado. Além disso, não é objeto deste projeto alterar as regras de ressarcimento ao SUS vigentes.
O cadastramento de cada pessoa na base nacional do Cartão Nacional de Saúde auxiliará os gestores brasileiros no planejamento em saúde. Ressalte-se que é proibido repassar custos ao paciente no caso do uso do SUS.

7) Em minha cidade, o SUS está cadastrando pessoas e emitindo números de Cartão Nacional de Saúde. Como tenho plano, estou impedido de ser cadastrado?
Quem tem plano de saúde não precisa ir à unidade de saúde do SUS para se cadastrar, uma vez que poderá ser cadastrado em sua cidade pela empresa operadora de plano de saúde.
Entretanto, os gestores municipais e estaduais do SUS, responsáveis pelo cadastramento de usuários de serviços públicos, não estão impedidos de atender a demanda de cadastramento dos beneficiários de planos de saúde, podendo, portanto, definir fluxos locais próprios.
Os cadastramentos locais, quando efetuados, serão incorporados à base federal. Da mesma forma, serão incorporados à mesma base federal os dados trocados diretamente entre operadoras e ANS em conjunto com Ministério da Saúde. Os dados das pessoas irão para a mesma base de dados, independentemente do local onde será feito o cadastro.

8) Que dados minha operadora de plano de saúde precisa ter para me cadastrar e obter meu número de Cartão Nacional de Saúde?
No Sistema Cartão, são registrados: nome completo sem abreviações, filiação, município de nascimento, data de nascimento, endereço completo, documento de identidade ou CPF.
Nesta primeira etapa do projeto, estão sendo emitidos números de Cartão Nacional de Saúde para todos os beneficiários de planos de saúde cadastrados por suas operadoras na ANS, desde que tenham preenchidas as informações do número de CPF, do nome completo e sem abreviações, da data de nascimento e do município de residência, bem como todas as outras informações exigidas pela ANS para que a operadora cadastre a pessoa no Cadastro de Beneficiários da ANS.
9) Como as empresas operadoras de planos de saúde enviarão informações de beneficiários para a ANS ou para o Ministério da Saúde para obter o Número do Cartão Nacional de Saúde?
Nesta primeira fase, a ANS gravará, em seu Cadastro de Beneficiários, os números de CNS dos beneficiários de planos de saúde e disponibilizará arquivos para as empresas operadoras destes planos, em que constarão os números de Cartão. A previsão é que, até que a rotina de cadastramento dos beneficiários pelas operadoras de planos de saúde esteja estabelecida, tais arquivos sejam liberados pela ANS para as operadoras contendo as atualizações nos dados.
Nesse primeiro momento, as empresas não precisam enviar nenhum dado adicional, nem para a ANS nem para o Ministério da Saúde, com o objetivo específico de cadastrar pessoas e obter números de Cartão Nacional de Saúde. Basta que enviem normalmente, com periodicidade mensal, as informações referentes ao Sistema de Informações de Beneficiários já exigidas pela ANS, conforme definidas na Resolução Normativa nº 295/2012.
A partir de junho de 2013, todas as empresas operadoras de planos de saúde com registro na ANS deverão acessar o Cadastro Nacional de Saúde, para obter os números de Cartão Nacional de Saúde de beneficiários novos ou daqueles sem número associado pela ANS. Desta data em diante, a informação do número do Cartão Nacional de Saúde passa a ser obrigatória para o envio dos dados de um beneficiário pela operadora para a ANS.
10) Para os prestadores de serviços de saúde (consultórios, clínicas, hospitais, entre outros), a implementação do Cartão Nacional de Saúde pode ser vista como o primeiro passo para a criação de uma única base nacional de dados, que interligue e esteja disponível para todos?
Sim. O principal objetivo do projeto é a construção de uma base nacional de informações para a saúde, com identificação dos indivíduos. O cadastramento dos beneficiários de operadoras de planos privados de saúde na base de dados do CNS visa identificá-los como parte da população brasileira que também tem acesso ao Sistema Único de Saúde, além de cooperar para tornar viável a utilização de registros e prontuários eletrônicos em saúde pela rede prestadora de serviços de saúde.

11) Como será feita a interface do Cartão entre a rede pública e a rede da saúde suplementar?
Trata-se de uma única base de dados nacional em saúde. Independente de ter ou não plano de saúde, cada cidadão terá seus dados armazenados no Sistema Cartão, cuja gestão é do Ministério da Saúde. O acesso das empresas operadoras de planos de saúde à base de dados do Sistema Cartão, com mecanismos de validação pela ANS, promoverá meios de obtenção do número do Cartão Nacional de Saúde, de maneira que indivíduos que não utilizam os serviços públicos de saúde também sejam cadastrados. Os esforços concentram-se inicialmente no cadastramento em massa.
Posteriormente, o objetivo será a utilização do número do CNS em todos os procedimentos relacionados à atenção em saúde, seja na rede SUS ou na rede privada.

12) Sabe-se que existem pessoas já cadastradas mais de uma vez, e que possuem mais de um número de Cartão Nacional de Saúde. Como serão tratados estes casos?
O Cadastro do Cartão Nacional de Saúde possui elos de vinculação entre os números referentes ao mesmo indivíduo. Estes elos são formados a partir do relacionamento dos dados cadastrais, incluindo o CPF. Todos os números considerados válidos para cada indivíduo estão relacionados entre si, de maneira que o uso de qualquer deles permitirá a identificação da pessoa. A proposta é que, à medida que o indivíduos tenha seus dados qualificados na base nacional, os serviços de saúde passem a priorizar um dos números da mesma pessoa, conforme critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Desta forma, a expectativa é que em breve haja no país uma base de dados em saúde onde cada indivíduo possui seu número único de identificação.

13) Sou gestor de um hospital particular que atende pacientes que pagam diretamente pelos serviços, sem plano de saúde. É minha obrigação enviar mensalmente o Sistema de Informação de Comunicação Hospitalar e Ambulatorial (CIHA), que também está exigindo a informação do número de Cartão Nacional de Saúde dos pacientes. Como obterei este número?
Todo estabelecimento registrado no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), que é nacional e obrigatório para todos os estabelecimentos de saúde do país, já pode acessar o aplicativo web (Cadweb) em que existe a opção de criar e consultar registros de pessoas, com acesso a partir do número do CNES. No endereço cartaonet.datasus.gov.br está disponibilizado o manual.



*Informações com a ANS

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O que são Cuidados Paliativos?

O alívio do sofrimento, a compaixão pelo doente e seus familiares, o controle impecável dos sintomas e da dor, a busca pela autonomia e pela manutenção de uma vida ativa enquanto ela durar: esses são alguns dos princípios dos Cuidados Paliativos que, finalmente, começam a ser reconhecidos em todas as esferas da sociedade brasileira.

Os Cuidados Paliativos foram definidos pela Organização Mundial de Saúde em 2002 como uma abordagem ou tratamento que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida. Para tanto, é necessário avaliar e controlar de forma impecável não somente a dor, mas, todos os sintomas de natureza física, social, emocional e espiritual.

O tratamento em Cuidados Paliativos deve reunir as habilidades de uma equipe multiprofissional para ajudar o paciente a adaptar-se às mudanças de vida impostas pela doença, e promover a reflexão necessária para o enfrentamento desta condição de ameaça à vida para pacientes e familiares. 

Para este trabalho ser realizado é necessário uma equipe mínima, composta por: um médico, um en­fermeiro, um psicólogo, um assistente social e pelo menos um profissional da área da reabilitação, todos devidamente treinados na filosofia e prática da paliação.

A Organização Mundial de Saúde desenhou um modelo de intervenção em Cuidados Paliativos onde as ações paliativas têm início já no momento do diagnóstico e o cuidado paliativo se desenvolve de forma conjunta com as terapêuticas capazes de modificar o curso da doença.

A paliação ganha expressão e importância para o doente à medida que o tratamento modificador da doença (em busca da cura) perde sua efetividade. Na fase final da vida, os Cuidados Paliativos são imperiosos e perduram no período do luto, de forma individualizada.


A condição ideal para o desenvolvimento de um atendimento satisfatório deve compreender uma rede de ações composta por consultas ambulatoriais, assistência domiciliar e internação em unidade de média complexidade, destinada ao controle de ocorrências clínicas e aos cuidados de final de vida. 


No Brasil, as atividades relacionadas a Cuidados Paliativos ainda precisam ser regularizadas na forma de lei. Ainda imperam no país um enorme desconhecimento e muito preconceito relacionado aos Cuidados Paliativos, principalmente entre os médicos, profissionais de saúde, gestores hospitalares e poder judiciário. Ainda se confunde atendimento paliativo com eutanásia e há um enorme preconceito com relação ao uso de opióides, como a morfina, para o alívio da dor. 

Há uma lacuna na formação de médicos e profissionais de saúde em Cuidados Paliativos, essencial para o atendimento adequado, devido à ausência de residência médica e a pouca oferta de cursos de especialização e de pós-graduação de qualidade. Ainda hoje, no Brasil, a graduação em medicina não ensina ao médico como lidar com o paciente em fase terminal, como reconhecer os sintomas e como administrar esta situação de maneira humanizada e ativa.

A Academia Nacional de Cuidados Paliativos prevê que, nos próximos anos, essa situação deverá mudar rapidamente. Com a regularização profissional, promulgação de leis e a quebra de resistências, haverá uma demanda por serviços de Cuidados Paliativos e por profissionais especializados.

A conscientização da população brasileira sobre os Cuidados Paliativos é essencial para que o sistema de saúde brasileiro mude sua abordagem aos pacientes portadores de doenças que ameaçam a continuidade de suas vidas. Cuidados Paliativos são uma necessidade de saúde pública. São uma necessidade humanitária. Precisamos alterar o “não há mais nada a se fazer” para o “ainda há muito a se fazer”.

Informações sobre a definição de Cuidados Paliativos pela Organização Mundial da Saúde estão no link: http://tinyurl.com/5228js



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domingo, 11 de novembro de 2012

Planos de saúde: você conhece seus direitos?

Segundo o IBGE, o número de brasileiros que possuem plano de saúde privado vem aumentando com o passar dos anos, passando de 43 milhões para 49,2 no ano de 2008 (25,9% da população do país). Apesar de não ser maioria da população, o número de brasileiros nesta situação é considerável, e muitas vezes estes não sabem até onde vão seus direitos sobre o serviço prestado pelas operadoras dos planos.




Segundo o especialista em planos de saúde Fabrício Angerami Poli, muitas vezes os clientes dos planos acabam por não reclamarem por não saber até onde vão seus direitos e\ou por medo de retaliações por parte do plano, como futuramente negar o pedido de serviços que normalmente o plano confere, o que segundo ele é uma inversão da lógica que tem o efeito desta ação contra a empresa. 

A partir do momento que as operadoras percebem que agora lidam com um cliente que sabe seus direitos e que os reivindica judicialmente, elas pensarão melhor antes de lhe negar serviços, pois sabem da probabilidade de perderam a causa caso o cliente tenha a razão. Assim além de custear o procedimento, a operadora ainda terá que arcar com os encargos dos processos judiciais.

Para trazer alguma luz sobre o assunto, Fabrício fez uma síntese com 7 itens que diz serem muito recorrentes entra as pessoas que o procuram com problemas com os planos de saúde. 

Abaixo segue a lista: 

1) reajustes, por faixa etária, para segurados que tenham completado 60 anos ou mais, a partir do ano de 2004, são abusivos e podem ser revertidos, no Judiciário, inclusive com a devolução, pela operadora de seguros, daquilo que foi cobrado indevidamente, incidindo sobre o valor juros e correção monetária;

2) além desse tipo de reajuste, também aqueles feitos atualmente para os segurados que completem 59 anos de idade, caso flagrantemente abusivos, destoantes dos outros reajustes praticados ao longo do contrato, podem ser revertidos no Judiciário;

3) stents, marca-passo, próteses e demais materiais utilizados para complementação ou substituição de função do organismo, quando utilizados numa cirurgia, devem ser cobertos pela seguradora;

4) exames e procedimentos cirúrgicos, ainda que não constantes do rol de cobertura da ANS, desde que não sejam experimentais, devem ser cobertos pela operadora de seguros;

5) medicamentos quimioterápicos, ainda que tomados pela via oral, devem ser cobertos pela seguradora;

6) tratamentos fisioterápico e fonoaudiológico, se utilizados como o próprio tratamento da doença do segurado, devem ter cobertura pelo seguro de saúde;

7) não é permitido o descredenciamento de clínicas e hospitais, sem que seja feita a sua substituição por outra equivalente (mesma qualidade de serviço, mesma facilidade de acesso, mesma localização geográfica).

Para maiores informações consulte:

http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/panorama.pdf
http://saudeweb.com.br/33564/6-direitos-do-segurado-que-por-vezes-nao-sao-respeitados/


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sábado, 10 de novembro de 2012

Anvisa retira do mercado agrotóxico utilizado como chumbinho

O aldicarbe, principal agrotóxico utilizado de forma irregular como raticida doméstico (chumbinho), foi banido do mercado brasileiro, no mês de outubro. Estimativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontam que o produto é responsável por quase 4800 dos 8 mil casos de intoxicação relacionados a chumbinho no Brasil, todos os anos.

De acordo com nota da agência, a alta incidência de intoxicações humanas e de envenenamento de animais devido ao desvio de uso do referido agrotóxico é o principal motivo da decisão.

Os sintomas típicos de intoxicação por chumbinho ocorrem em menos de uma hora após a ingestão e os principais sinais clínicos são: náuseas, vômito, sudorese, salivação excessiva, visão borrada, contração da pupila, dor abdominal, diarreia, tremores, taquicardia, entre outros. O serviço de emergência deve ser chamado imediatamente.


Ineficaz como raticida


Além de possuir elevada toxicidade aguda, o chumbinho é ineficaz no combate doméstico de roedores. Normalmente, como o primeiro animal que ingere o veneno morre de imediato, os demais ratos observam e não consomem aquele alimento envenenado.

Já os raticidas legalizados, próprios para esse fim e com registro junto a Anvisa, agem como anticoagulantes, provocando envenenamento lento nos ratos. Dessa forma, a morte do animal não fica associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia ingiram esse tipo de veneno.

Para consultar perguntas e respostas sobre o chumbinho: Clique aqui.

Fonte: Anvisa


Em caso de intoxicação deve-se ligar, de forma gratuita, para o Disque-Intoxicação: 0800-722-6001. O serviço é disponível para todo país e conta com profissionais especializados na orientação do tratamento de casos de intoxicação.


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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A consulta médica

Uma prática fundamental no exercício da medicina é a consulta médica. Ao longo dos anos, ela foi sendo transformada à medida que a relação entre o médico, o paciente e a sociedade foi sendo modificada pela crescente mercantilização da saúde e incorporação de tecnologias. Diante disso, Conselhos e Faculdades de Medicina e órgãos governamentais têm se dedicado em discutir e elaborar estratégias de resgate da boa prática de consulta, em que médico e paciente possam, ao final, considerar satisfatória e eficaz.

Atualmente, muitos pacientes reclamam que seus médicos nem olham para seus rostos, prescrevem medicamentos que muitas vezes não funcionam e sentem frieza da parte do médico na hora da consulta. Alguns médicos diriam que o número de pacientes que precisam atender exige deles uma consulta mais focada e que por isso não podem ficar “batendo papo” com os pacientes. Outros diriam que, dependendo de aonde acontece a consulta, não dá para fazer uma anamnese com história clinica detalhada, sendo o caso do médico da emergência.

A realidade é que um médico que não conhece bem a história do seu paciente, perde a possibilidade de ter a visão geral e incluir dados sociais e culturais determinantes pra condição do paciente. Além disso, impossibilita uma análise de riscos para prevenção de agravos que há muitos anos já sabemos prevenir. 

Devemos ir além da queixa do paciente. Óbvio que a doença no momento da consulta deve ser prioridade, a qual devemos dar total atenção e resolutividade. Assim, uma entrevista direcionada ao problema deve ser utilizada, vislumbrando-se que, eventualmente, iremos fazer a coleta da história completa do paciente.

Após um determinado número de consultas e com o paciente recuperado, se o médico em questão não tiver interesse em conhecer seu paciente, sua realidade social e contextualização nos possíveis problemas relacionados ao seu estilo de vida, status social e contexto familiar, estará alimentando uma prática de consulta que pode ser insatisfatória e incompatível com o cuidado do paciente. Nessa hora, temos que pensar no quadro geral e longo prazo.

O uso de novas tecnologias na saúde tem impacto significativo nos desfechos e descoberta de doenças. Porém, a tecnologia foi um fator importante na transformação da relação do médico com o seu paciente. Os exames complementares acabaram se tornando a base da medicina atual e o médico é o profissional a ser consultado para solicitá-los.

O médico, por sua vez, se utiliza excessivamente desses exames, ao invés de valorizar um bom exame físico e uma boa entrevista com o paciente. Com isso, o custo da medicina aumenta substancialmente e a consulta médica desvaloriza-se, sendo apenas um encontro para fornecimento de uma solicitação de exame. Ambos, médico e paciente, saem enfraquecidos e potencialmente frustrados.

Portanto, na próxima consulta, exija do seu médico mais do que apenas uma entrevista simples, frieza e ausência do exame médico. Consulta na qual o médico não coloca a mão/estetoscópio no paciente é consulta que precisa ser refeita. O papel do paciente nessa hora é o de questionar e exigir ser examinado. 

Uma última colocação que gostaríamos de realizar é a seguinte: Valorize a si mesmo e ao seu médico. Reflita sobre a importância do trabalho do médico. Precisamos cuidar melhor dos médicos e os médicos precisam cuidar melhor dos seus pacientes.

Você esteve numa consulta médica recentemente? O que achou do atendimento? Comente no site do (im)Paciente: http://www.impaciente.org/

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Quem cuida da minha alimentação?

Todo mundo já viu, ou já ouviu falar dessa cena: você chega ao consultório médico com o resultado de um exame, e um resultado vem alterado. Por exemplo, o seu colesterol LDL vem elevado. O médico explica pra você o perigo de se ter o colesterol alto, o quanto é arriscado para a saúde, e o quanto é importante você se cuidar. E dentre um milhão de recomendações, conselhos e receitas, vem aquela frase - "Você precisa comer melhor." Ele te passa a receita de um remédio para controlar o colesterol, a consulta termina, vocês apertam as mãos e você vai porta afora com aquela frase pairando no ar: "Você precisa comer melhor." Mas como?

Cuidar da própria nutrição é uma tarefa que depende muito de cada indivíduo, mas existem profissionais que podem trabalhar em conjunto para ajudar você a ter uma dieta saudável, balanceada, gostosa e viável do ponto de vista financeiro. Vamos falar de cada um deles aqui.




Quando se fala em orientação nutricional, o primeiro profissional que se vem em mente é o Nutricionista. Também pudera. Os nutricionistas atualmente têm crescido muito não só na área da saúde, mas também no mercado da indústria de alimentos, restaurantes, esportes e publicidade. Uma das tarefas dos nutricionistas, segundo o Conselho Federal de Nutrição, é "assistência e educação nutricional a coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas e privadas e em consultório de nutrição e dietética". Sendo assim, ele é o principal responsável por ajudar as pessoas a ter uma alimentação saudável.

Outro profissional que também tem um papel importante é o Nutrólogo. Este é um médico clínico, especializado em doenças relacionadas à alimentação. Ele atua na promoção à saúde, e na prevenção, diagnóstico, tratamento e recuperação de doenças relacionadas à nutrição, como a obesidade, diabetes mellitus, gastrite e outras. Essa especialidade tem perdido espaço nos últimos anos para os nutricionistas, mas ainda existem muitos médicos Nutrólogos.


Porém, o cuidado à alimentação não é responsabilidade de profissionais especializados. Qualquer enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, médico, técnico de enfermagem, tem seu papel na promoção de uma alimentação saudável, e cada pessoa também tem sua responsabilidade em cuidar de si próprio, para poder viver feliz e saudável, comendo desde alface até chocolate!


Quer saber mais? Acesse:

Associação Brasileira de Nutrologia - http://www.abran.org.br/

Conselho Federal de Nutricionistas - http://www.cfn.org.br/


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