quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

                                                                         Ebola   
O ebola é uma doença hemorrágica altamente infecciosa que pode ser causada por cinco diferentes cepas de vírus. Ele foi inicialmente associado a um surto de 318 casos que ocorreram em 1976 na região de Yambuku, localizada próximo ao rio Ebola, na República Democrática do Congo. Das 318 pessoas infectadas, 280 foram ao óbito. Essa taxa de mortalidade pode variar entre 25% e 90%, dependendo da cepa envolvida na transmissão.
       O vírus causador do ebola é transmitido de homem para homem através do contato com sangue, secreções ou outros fluidos corpóreos de uma pessoa infectada que necessariamente tem que estar apresentando sintomas. O contato direto com cadáveres contaminados, em rituais fúnebres por exemplo, é outra forma de transmissão, sendo uma das mais expressivas, pois nas ultimas horas antes da morte o vírus se torna extremamente contagioso.
     Embora os morcegos frutívoros sejam considerados os reservatórios naturais do vírus Ebola, ele já foi encontrado em chimpanzés, gorilas, antílopes e porcos, que também transmitem a doença através de seus fluidos e secreções, como sangue, urina e fezes. A reaparição do ebola, como a que estamos presenciando desde março de 2014, está relacionada a relatos de infecção pelo manejo desses animais infectados encontrados mortos ou doentes na floresta.

      Os sintomas iniciais da doença demoram de 2 a 21 dias para se manifestarem e quando o fazem são inespecíficos, podendo cursar com quadro de febre repentina, fraqueza, dor muscular, dor de cabeça e inflamação na garganta. Após os sintomas iniciais, o paciente pode apresentar vômitos, diarreia, deficiência nas funções hepática e renal. O tratamento padrão é baseado em terapia de apoio, que consistem na hidratação do doente, na manutenção de seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e no combate a infecções concomitantes que possam aparecer. Uma vez recuperado, o paciente está imune à cepa do vírus que contraiu.
       Apesar da dificuldade de diagnostico, aqueles com suspeita de terem contraído o vírus devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados imediatamente. Além disso, os profissionais em contato direto com o paciente infectado ou com suspeita de infecção devem usar equipamentos de segurança especializado, que compreende desde botas a óculos de proteção. O fim de um surto é confirmado oficialmente após o termino de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado.


Para maiores informações acesse : http://www.msf.org.br/

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domingo, 30 de novembro de 2014

        Vivendo com ELA
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa do sistema nervoso, progressivamente incapacitante. Evolui causando atrofia, perda de força muscular e incapacidade respiratória. Afeta também a língua, a fala, a deglutição e, em estágios mais avançados, paralisa a musculatura facial, inclusive pálpebras e globo ocular. As capacidades psíquicas e mentais permanecem inalteradas, bem como a inteligência e memória. A ELA “vai aprisionando lentamente uma alma lúcida num corpo inerte” (Rose Fetzner Pucci-portadora de ELA). No Brasil surgem cerca de 2500 novos casos por ano, ou seja, cerca de 2500 famílias são envolvidas diretamente por essa enfermidade a cada novo ano.         
        Qualquer doença, por menor que seja, acaba por mobilizar a família como um todo. Com a ELA não é diferente, contudo a forma como ela se desenvolve faz com que a família altere permanentemente sua rotina, a conformação de sua casa, busque novas alternativas para amenizar o sofrimento do doente, crie e recrie ideias constantemente.
        Dessa forma, a informação sobre o progredir da doença assume papel importante para que a família e o paciente possam se preparar psicologicamente e planejar cada nova etapa. Muitos pacientes se antecipam na tentativa de preservar sua qualidade de vida e sua interação com o ambiente. Compram cadeiras de roda quando ainda andam, montam e ensaiam o quadro falante antes de perder a fala.
       Mesmo que para escrever um texto como este demore semanas, ou que qualquer mínimo esforço seja comparado a correr uma maratona, manter a comunicação, por mais difícil e desafiante que seja, é essencial. Só assim o paciente consegue expressar suas necessidades, seus sentimentos e mesmo acamado e com mínimos movimentos interagir com seus familiares e amigos. A caminhada se torna menos solitária e por mais que momentos de tristeza e depressão venham a aparecer, dividi-los com as pessoas próximas fazem com que eles se tornem menos pesados e torna possível voltar a sorrir novamente, mesmo que esse sorriso seja puramente interior.

Para maiores informações acesse : http://www.abrela.org.br/
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domingo, 9 de novembro de 2014

Outubro rosa : carinho e prevenção

O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, sendo o mais comum entre as mulheres. Alguns tumores na mama são agressivos e crescem rapidamente. Entretanto, a grande maioria tende a ter crescimento lento, de forma que um nódulo pode demorar anos para se tornar palpável. Se diagnosticado precocemente, apresenta altas chances de cura. Assim, a prevenção se torna a melhor forma de combate ao desenvolvimento desse tipo de tumor e o outubro rosa assume papel decisivo na divulgação de informação e conscientização.
 Apresentado em 1990 pela “Fundação Susan G. Komen for the Cure”, o laço e sua cor foram ganhando o mundo, colorindo prédios, monumentos e virando símbolo na luta contra este tipo de câncer. O rosa simboliza um alerta as mulheres de todo o mundo para que façam o autoexame, o preventivo e, dos 50 aos 69 anos, realizem anualmente a mamografia. 

Embora tenhamos chegado ao fim de mais um mês de outubro, o cuidado que esse símbolo inspira não pode ficar restrito ao mês ou a uma única doença. Devemos insistir em cuidar de nós mesmo e de quem amamos. Procure seu médico, faça disso uma rotina anual, pois assim como o câncer de mama, diversas outras doenças podem ser diagnosticadas precocemente ou evitadas se prevenidas.
                                                                 

sábado, 18 de outubro de 2014

(im)Paciente na Agenda Acadêmica

Na última segunda feira, dia 13/10, no campus do Gragoatá, ocorreu o IV Seminário de Iniciação à Inovação, promovido pela AGIR/UFF, dentro da programação da Agenda Acadêmica. O objetivo era 
a apresentação de resultados das pesquisas desenvolvidas pelos projetos, através de comunicações orais e pôsteres, com a premiação dos melhores trabalhos dos bolsistas dos projetos contemplados nos programas PIBInova/PDI/UFF- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Inovação e PIBITI/CNPq/UFF - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, durante a Agenda Acadêmica 2014.
O (im)Paciente esteve presente, ressaltando a importância da prática da avaliação dos serviços de saúde prestados a todos os cidadãos. Dentro de uma ótica centrada no usuário dos serviços, com uma perspectiva baseada na integralidade, a participação social foi destacada durante a apresentação do site www.impacietne.org como ferramenta para a expressão dos usuários.
O evento contou com a participação de diversos outros projetos que expuseram seus resultados obtidos durante o ano em curso.

Participe também! Acesse www.impaciente.org e faça uma avaliação de serviços de saúde que tenha utilizado.

sábado, 29 de março de 2014

O (im)Paciente no Seminário de Tecnologias Assistivas



No dia 28/03/13, o (im)Paciente esteve presente no Seminário de Tecnologias Assistivas, organizado pela AGIR/UFF. O evento tinha como objetivo trazer informações sobre iniciativas, práticas, ações e serviços inovadores capazes de aumentar a autonomia, o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, promovendo debate entre pesquisadores, alunos e profissionais de diversas áreas do conhecimento que atuam nessa área.
 O evento contou com a participação de representantes de diversos pólos da UFF e de convidados de outras instituições de ensino do Brasil. Dentre os debates realizados ficou evidenciado que as mudanças e o desenvolvimento de novas tecnologias assistivas tem como peça chave o usuário e as suas necessidades. Através do conhecimento das mesmas é que se faz possível vislumbrar alternativas. Nesse caminho, o ambiente universitário desempenha papel fundamental, como centro formador e fomentador de conhecimento, além de procurar resolver os problemas que se apresentam na sociedade.
Na área da saúde não é diferente. Somente com a participação do usuário é que se exerce a cidadania e se busca a melhoria nos serviços. Numa visão mais adiante, as pessoas com deficiência possuem papel fundamental na participação social, denunciando situações que prejudiquem seus atendimentos, uma vez que diversos serviços são organizados negligenciando tais cidadãos. A avaliação dos prestadores de serviços na área da saúde envolve muito mais do que os profissionais que realizam o atendimento.
As condições que determinam a acessibilidade dos usuários, a infraestrutura da unidade para receber pacientes com deficiência, a capacitação de toda a equipe para lidar com diversos tipos de usuários dos serviços de saúde são alguns dos aspectos que podem receber críticas e/ou elogios e, assim, melhorar e continuar a oferecer um melhor atendimento.
A garantia da equidade dentro do SUS e a manutenção da sua qualidade requer participação social permanente. Através de um canal de voz, seja ele direto ou indireto, entre usuário e gestor há a possibilidade de se corrigir e ampliar serviços para garantir tal direito.
Logo, iniciativas como essa são sempre bem vindas e merecem incentivo constante para que se possa cada vez mais diminuir a distância entre a pessoa com deficiência e toda a realidade que os cercam, permitindo melhorias no seu bem estar e ampliando sua autonomia.


quinta-feira, 6 de março de 2014

O impacto dos acidentes de trânsito no SUS

Ainda estamos em tempo de carnaval e folia. Junto com a diversão e os bons momentos que o período proporciona alguns pontos negativos persistem e trazem más consequências às vidas dos foliões e de todos de uma forma geral.
A combinação irresponsável de bebida alcoólica e imprudência faz aumentar o número de acidentes e vítimas, sejam elas fatais ou com algum tipo de sequela, nas estradas e em muitas cidades brasileiras. O reflexo desse fato é perceptível no próprio sistema de saúde, com uma despesa cada vez mais crescente para cuidar das pessoas envolvidas nos acidentes.
Dados de 2012 revelam que houve 162.869 internações no SUS decorrentes de acidentes de transporte, sendo 73% o crescimento de internação por acidente de transporte em 5 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, os gastos podem chegar a R$ 185 milhões de reais no cuidado com as vítimas. Um gasto que vem aumentando ano após ano.
As estimativas apontam que os homens são as principais vítimas de acidentes, e respondem, atualmente, por 78,3% do total do número de internações, envolvendo motociclistas, pedestres, ocupantes de automóveis e ciclistas. Em números de internações, os motociclistas traumatizados são a maioria, seguidos por pedestres traumatizados.
Além dos aspectos emocionais e afetivos causados pelas mortes e outras consequências dos acidentes, há uma perda econômica e social diretamente ligada a esse assunto. Não se pode esquecer que há perda produtiva, com redução da população no mercado trabalho, refletido em perdas econômicas.
Apesar da magnitude dos gastos envolvidos com os cuidados de atenção à saúde das vítimas e dos custos econômicos decorrentes da perda de vida produtiva por morte, incapacidade ou prisão, são poucos os estudos no País para avaliar o impacto econômico decorrente dessas causas. Além disso, as ações de prevenção e controle estão apenas iniciando e pouco se conhece a respeito do comportamento do motorista e do pedestre, das condições de segurança das vias e veículos, da engenharia de tráfego, dos custos humanos e ambientais do uso de veículos motorizados e das consequências traumáticas resultantes dos acidentes de trânsito.
Há que se buscar uma mudança de comportamento e de ação. A prevenção das causas externas deve envolver não somente a saúde pública, mas a segurança pública, a educação e a promoção social, bem como é interesse de todos os cidadãos.


sábado, 15 de fevereiro de 2014

A vacina contra o HPV

A partir de 10 de março deste ano, a vacina contra o HPV será oferecida na rede pública, inicialmente, para meninas de 11 a 13 anos. No último dia 22, o Ministério da Saúde anunciou que vai ampliar o grupo prioritário já em 2015, quando meninas de 9 e 10 anos também serão contempladas pela vacinação. O esquema é composto por 3 doses. Após tomar a primeira, as meninas devem ser vacinadas novamente após 6 meses e receber o reforço depois de 5 anos.
O vírus do papiloma humano é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer do colo de útero, o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres. Ele é transmitido por meio do contato sexual. Estima-se que mais de 290 milhões de mulheres no mundo sejam portadoras do HPV. No Brasil, cerca de 685 mil pessoas são infectadas pelo vírus a cada ano e 4.800 mulheres morrem em decorrência do câncer de colo de útero.  Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ, localizada. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura. 
A vacina, que será disponibilizada pelo SUS na rede pública, não eliminará a necessidade de uso da camisinha durante as relações sexuais, já que não protege contra todos os subtipos do HPV nem contra outras doenças sexualmente transmissíveis. Sua composição será a quadrivalente, que protege contra quatro tipos do vírus: subtipos 6, 11, 16 e 18. O teste de Papanicolau também não deve ser esquecido e deve continuar a ser realizado. Em longo prazo, o governo avaliará o impacto da vacina, medindo a incidência do câncer de colo de útero e o índice de mortalidade da doença.


Por outro lado há quem discorde desse plano de vacinação. Nos discursos, afirmam que há efeitos colaterais, tais como síndrome de Guillain-Barré, repercussões ovarianas dentre outras. Aspectos outros levantados discutem o fato de que há mais de 100 subtipos virais, o que a não seriam plenamente cobertos pela vacina.


A discussão é longa e divide opiniões, não estando limitada ao cenário da saúde. Há que se esperar novos embates.


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Prêmio UFF/Santander

O dia 20 de Dezembro de 2013 foi especial para toda a equipe do (im)Paciente. O projeto foi um dos contemplados com o Prêmio UFF/Santander de Inovação/2013, na categoria “Equipe”.
Segundo o objetivo do prêmio, seriam contemplados projetos que apresentassem que pudessem estimular o corpo discente e docente ao desenvolvimento de novas tecnologias e soluções inovadoras, incentivando o desenvolvimento do pensar tecnológico e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa aplicada, cujos resultados demonstrem potencial efetivo de aplicação na sociedade.
Além disso, outra perspectiva era potencializar a pesquisa tecnológica no âmbito acadêmico, difundindo a cultura da propriedade intelectual, da inovação e do empreendedorismo na UFF, motivando pesquisas que permitam o aumento da produtividade e do bem-estar social.
Nesse âmbito, o (im)Paciente atendeu aos anseios do projeto, através da ideia inovadora na avaliação da prestação de serviços de saúde, seja ele prestado em qualquer estabelecimento no Brasil.
Na premiação estavam presentes: Ana Carolina Araújo (aluna e ex-bolsista), Pedro Vianna (aluno e atual bolsista), Ricardo Heber (médico e idealizador do projeto), Aluísio Gomes (médico e professor orientador do projeto).
Que em 2014 o trabalho continue a todo vapor, superando cada vez mais os desafios.
Entre! Comente e avalie seu atendimento médico!

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