Ebola
O ebola é uma doença hemorrágica altamente
infecciosa que pode ser causada por cinco diferentes cepas de vírus. Ele foi
inicialmente associado a um surto de 318 casos que ocorreram em 1976 na região de Yambuku, localizada próximo ao
rio Ebola, na República Democrática do Congo. Das 318 pessoas infectadas, 280
foram ao óbito. Essa taxa de mortalidade pode variar entre 25% e 90%, dependendo da
cepa envolvida na transmissão.
O vírus causador do ebola é transmitido de
homem para homem através do contato com sangue, secreções ou outros fluidos
corpóreos de uma pessoa infectada que necessariamente tem que estar apresentando sintomas.
O contato direto com cadáveres contaminados, em rituais fúnebres por exemplo, é
outra forma de transmissão, sendo uma das mais expressivas, pois nas ultimas
horas antes da morte o vírus se torna extremamente contagioso.
Embora os morcegos frutívoros sejam
considerados os reservatórios naturais do vírus Ebola, ele já foi encontrado em
chimpanzés, gorilas, antílopes e porcos, que também transmitem a doença através
de seus fluidos e secreções, como sangue, urina e fezes. A reaparição do ebola,
como a que estamos presenciando desde março de 2014, está relacionada a relatos
de infecção pelo manejo desses animais infectados encontrados mortos ou doentes
na floresta.
Os sintomas iniciais da doença demoram
de 2 a 21 dias para se manifestarem e quando o fazem são inespecíficos, podendo
cursar com quadro de febre repentina, fraqueza, dor muscular, dor de cabeça e inflamação
na garganta. Após os sintomas iniciais, o paciente pode apresentar vômitos,
diarreia, deficiência nas funções hepática e renal. O tratamento padrão é
baseado em terapia de apoio, que consistem na hidratação do doente, na
manutenção de seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e no combate a
infecções concomitantes que possam aparecer. Uma vez recuperado, o paciente
está imune à cepa do vírus que contraiu.
Apesar da dificuldade de diagnostico, aqueles
com suspeita de terem contraído o vírus devem ser isolados e os profissionais
de saúde pública notificados imediatamente. Além disso, os profissionais em contato direto
com o paciente infectado ou com suspeita de infecção devem usar equipamentos de
segurança especializado, que compreende desde botas a óculos de proteção. O fim de um surto é confirmado
oficialmente após o termino de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado.
Para maiores informações acesse : http://www.msf.org.br/
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