Ainda estamos em tempo de carnaval e folia. Junto com a diversão e os
bons momentos que o período proporciona alguns pontos negativos persistem e
trazem más consequências às vidas dos foliões e de todos de uma forma geral.
A combinação irresponsável de bebida alcoólica e imprudência faz
aumentar o número de acidentes e vítimas, sejam elas fatais ou com algum tipo
de sequela, nas estradas e em muitas cidades brasileiras. O reflexo desse fato
é perceptível no próprio sistema de saúde, com uma despesa cada vez mais
crescente para cuidar das pessoas envolvidas nos acidentes.
Dados de 2012 revelam que houve 162.869 internações no SUS decorrentes
de acidentes de transporte, sendo 73% o crescimento de internação por acidente
de transporte em 5 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, os gastos podem
chegar a R$ 185 milhões de reais no cuidado com as vítimas. Um gasto que vem
aumentando ano após ano.
As
estimativas apontam que os homens são as principais vítimas de acidentes, e
respondem, atualmente, por 78,3% do total do número de internações, envolvendo
motociclistas, pedestres, ocupantes de automóveis e ciclistas. Em números de
internações, os motociclistas traumatizados são a maioria, seguidos por
pedestres traumatizados.
Além dos
aspectos emocionais e afetivos causados pelas mortes e outras consequências dos
acidentes, há uma perda econômica e social diretamente ligada a esse assunto.
Não se pode esquecer que há perda produtiva, com redução da população no
mercado trabalho, refletido em perdas econômicas.
Apesar da magnitude dos
gastos envolvidos com os cuidados de atenção à saúde das vítimas e dos custos
econômicos decorrentes da perda de vida produtiva por morte, incapacidade ou
prisão, são poucos os estudos no País para avaliar o impacto econômico
decorrente dessas causas. Além disso, as
ações de prevenção e controle estão apenas iniciando e pouco se conhece a
respeito do comportamento do motorista e do pedestre, das condições de
segurança das vias e veículos, da engenharia de tráfego, dos custos humanos e
ambientais do uso de veículos motorizados e das consequências traumáticas
resultantes dos acidentes de trânsito.
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