terça-feira, 24 de julho de 2012


Com certeza você já ouviu falar sobre hepatite, mas você sabe qual a diferença entre os seus vários tipos? E quais delas têm vacina? Essa semana falaremos sobre essa doença que é um grave problema de saúde pública, podendo se manifestar de maneira silenciosa.
A hepatite é uma doença que provoca inflamação do fígado, o que pode ser causado por várias coisas, como drogas, medicamentos, álcool e microorganismos. Vamos tratar hoje das hepatites causadas por vírus.

As hepatites virais estão relacionadas a 5 tipos de vírus diferentes que levam a 5 tipos de hepatites: A, B, C, D e E. Esses 5 vírus são completamente diferentes uns dos outros. A única semelhança entre eles é que atingem o fígado e , por isso, vão gerar doenças muito parecidas. Assim, quando alguém aparece com sintomas de hepatite, o médico não consegue dizer só pelo exame clínico qual o tipo da doença. Para descobrir qual o agente causador é preciso fazer um exame laboratorial.

A hepatite costuma se manifestar com febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, pele e olhos amarelados, fezes esbranquiçadas. Porém, em geral, os sintomas só aparecem em estágios mais avançados da doença.

Outra coisa importante, é que o desenvolvimento da doença por um tipo de vírus não dá imunidade contra outro tipo. Ou seja, o fato de uma pessoa ter tido Hepatite A, por exemplo, não impede que ela tenha Hepatite B. Também é possível que uma pessoa tenha, ao mesmo tempo, hepatite aguda causada por mais de um vírus. Dizemos, portanto, que não há relação de imunidade cruzada entre os vírus.

Em relação a forma de transmissão podemos separar os vírus em dois grupos:
As hepatites A e E são transmitidas por vírus que são eliminados nas fezes. Por isso, dizemos que têm transmissão entérica e a pessoa contrai a doença por água e alimentos contaminados com o vírus.
Já as hepatites B, C e D são transmitidos pelo sangue e seus derivados, o que chamamos de transmissão parenteral. Como na hepatite B, os vírus ficam em concentração muito alta no sangue, ele também vai estar presente em outras secreções do corpo e, assim, pode ser transmitido pela via sexual.

Em relação a doença que esses vírus causam, as hepatites A e E se manifestam na forma aguda e são tidas como benignas, pois o vírus é eliminado do organismo. Normalmente, a pessoa só tem essa doença uma vez na vida. Porém, pode ocorrer a hepatite fulminante, que é quando a lesão causada pelo vírus é tão forte, que o órgão não consegue se regenerar, entrando em falência. Essa é uma das maiores causas de transplante de fígado, pois há grande risco de morte.
Por outro lado, nas hepatites B, C e D os pacientes podem não ter os vírus eliminados do corpo e apresentam mais chances de desenvolver uma doença crônica, em que não haverá cura. Por exemplo, cerca de 10% dos pacientes com hepatite B e 85% dos com hepatite C vão evoluir para  forma crônica. Tal infecção crônica pode levar à complicações a longo prazo como o câncer de fígado e a cirrose hepática.


Atualmente, existem vacinas para as Hepatites A e B. A vacina para hepatite B é fornecida nos postos de saúde e faz parte do calendário nacional de vacinação. Já a vacina para a hepatite A é encontrada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), também do SUS, mas ela só é aplicada por recomendação do médico e em casos especiais, como em portadores de doenças do fígado, de hepatites B ou C crônicas e crianças com HIV.

Para saber mais sobre distribuição de medicamentos pelo SUS e outras campanhas realizadas pelo governo para as hepatites, acesse o Portal do Ministério da Saúde:

http://www.aids.gov.br/hepatites-virais

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