quinta-feira, 6 de março de 2014

O impacto dos acidentes de trânsito no SUS

Ainda estamos em tempo de carnaval e folia. Junto com a diversão e os bons momentos que o período proporciona alguns pontos negativos persistem e trazem más consequências às vidas dos foliões e de todos de uma forma geral.
A combinação irresponsável de bebida alcoólica e imprudência faz aumentar o número de acidentes e vítimas, sejam elas fatais ou com algum tipo de sequela, nas estradas e em muitas cidades brasileiras. O reflexo desse fato é perceptível no próprio sistema de saúde, com uma despesa cada vez mais crescente para cuidar das pessoas envolvidas nos acidentes.
Dados de 2012 revelam que houve 162.869 internações no SUS decorrentes de acidentes de transporte, sendo 73% o crescimento de internação por acidente de transporte em 5 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, os gastos podem chegar a R$ 185 milhões de reais no cuidado com as vítimas. Um gasto que vem aumentando ano após ano.
As estimativas apontam que os homens são as principais vítimas de acidentes, e respondem, atualmente, por 78,3% do total do número de internações, envolvendo motociclistas, pedestres, ocupantes de automóveis e ciclistas. Em números de internações, os motociclistas traumatizados são a maioria, seguidos por pedestres traumatizados.
Além dos aspectos emocionais e afetivos causados pelas mortes e outras consequências dos acidentes, há uma perda econômica e social diretamente ligada a esse assunto. Não se pode esquecer que há perda produtiva, com redução da população no mercado trabalho, refletido em perdas econômicas.
Apesar da magnitude dos gastos envolvidos com os cuidados de atenção à saúde das vítimas e dos custos econômicos decorrentes da perda de vida produtiva por morte, incapacidade ou prisão, são poucos os estudos no País para avaliar o impacto econômico decorrente dessas causas. Além disso, as ações de prevenção e controle estão apenas iniciando e pouco se conhece a respeito do comportamento do motorista e do pedestre, das condições de segurança das vias e veículos, da engenharia de tráfego, dos custos humanos e ambientais do uso de veículos motorizados e das consequências traumáticas resultantes dos acidentes de trânsito.
Há que se buscar uma mudança de comportamento e de ação. A prevenção das causas externas deve envolver não somente a saúde pública, mas a segurança pública, a educação e a promoção social, bem como é interesse de todos os cidadãos.


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