sábado, 29 de dezembro de 2012

Você conhece a acupuntura?

Ultimamente, tem havido um grande crescimento do uso de terapias não convencionais pelo SUS, principalmente da acupuntura. Um levantamento recente do Ministério da Saúde revelou que o número de procedimentos de acupuntura realizados pelo Sistema Único de Saúde aumentou em 42% nos últimos 5 anos. No entanto, apesar desse grande crescimento no país, muitas pessoas ainda desconhecem essa forma de tratamento. E é por isso que vamos abordar esse assunto hoje aqui no blog do (im)Paciente.

A acupuntura é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa, segundo o qual a prevenção e o tratamento de doenças são feitos por um conjunto de práticas que inclui fitoterapia, exercícios físicos e alimentação adequada. Antes de continuarmos a falar sobre acupuntura, é fundamental ter em mente que o raciocínio envolvido no diagnóstico e tratamento dos pacientes é baseado em conceitos extremamente estranhos aos ocidentais, como os cinco elementos, o tao (equilíbrio entre yin e yang), o fluxo de chi (energia vital) e xué (sangue), zang (órgão) e fu (víscera).

O tratamento acupunterápico consiste no diagnóstico, feito a partir dos ensinamentos clássicos da Medicina Tradicional Chinesa e na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo, chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos", para obter diferentes efeitos terapêuticos de acordo com o caso tratado. Acredita-se que, ao introduzir as agulhas (muitas vezes com baixas correntes elétricas que as aquecem) nesses pontos específicos, o fluxo de chi (energia vital) é desbloqueado, retomando o equilíbrio entre o yin e yang (forças opostas que se manifestam no corpo pelos extremos, calor e frio, excesso e deficiência).
Além da já conhecida agulha, o acupunturista possui uma enorme gama de opções, de modo que os acupontos podem ser estimulados com os dedos (do in), moedas, pentes de osso ou de jade (gua sha), ventosas (ventosaterapia), massagens (tui na) e outras técnicas, como por exemplo a sangria. A acupuntura chinesa, por seu histórico milenar, acabou por desenvolver escolas específicas em países próximos da China, dando origem, por exemplo, no Japão ao shiatsu, que é uma técnica de massagem. 

Com as tecnologias modernas, a acupuntura vem agregando recursos, como a eletricidade, agulhas mais seguras e práticas, esferas banhadas a ouro, prata, de quartzo e de vidro, ventosas de material plástico ou acrílico com válvulas de pressão, ventosas de borracha, porém sempre observando os mesmos princípios da Medicina Tradicional Chinesa.

É preciso compreender que, apesar do uso de recursos tecnológicos atuais, a acupuntura que se realiza hoje é exatamente a mesma que se realizava nos primórdios da civilização chinesa, utilizando um raciocínio absolutamente estranho à medicina ocidental e sem qualquer preocupação ou influência relativa à existência ou não de explicação científica dos fenômenos verificados.

No Brasil, a acupuntura, reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um tratamento complementar, chegou durante a imigração japonesa, no final do século 19. Em 1988, o SUS (Sistema Único de Saúde) reconheceu a prática da acupuntura no país, porém, ela só foi aceita como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina em 1995.

Só em 2011, o Ministério da Saúde destinou 5,6 milhões de reais para os procedimentos de acupuntura, incluindo as consultas, realizados nos 678 estabelecimentos que prestam o serviço pela rede pública. Neste ano, até agosto, foram repassados quatro milhões de reais.

Esse salto nos atendimentos é atribuído à implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), em 2006, que tem como objetivo a prevenção, promoção e recuperação da saúde. Essa medida passou a oferecer à população o acesso às terapias não convencionais, o que inclui acupuntura, práticas corporais (como lian gong e tai chi chuan), homeopatia, fitoterápicos e plantas medicinais.


Se interessou pelo assunto? Saiba mais no site da Associação Médica Brasileira de Acupuntura: http://www.amba.org.br

Já realizou acupuntura? Entre no site do (im)Paciente e conte a todos como foi: www.impaciente.org

A partir de hoje, o nosso blog entra em recesso por uma semana. Retomamos nossas publicações normalmente no dia 6 de janeiro.
 
A equipe do (im)Paciente deseja a todos um feliz 2013! Que nesse novo ano possamos continuar a caminhar juntos em busca de um saúde melhor para todos!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Você sabe o que é Telemedicina?

Você já parou pra pensar como se desenvolve o cuidado em saúde em comunidades distantes dos grandes centros? Como ampliar a assistência e a cobertura nesses locais remotos? Como permitir que profissionais de saúde tenham ferramentas de educação continuada? Todas essas perguntas são respondidas ao compreendermos o que é a Telemedicina e a que ela se propõe. E é sobre isso que o blog do (im)Paciente vai falar hoje.

A telemedicina e a telessaúde são ferramentas que possibilitam o uso de tecnologias de telecomunicação e de informação para suportar serviços, treinamento e informação em saúde para provedores de assistência médica e pacientes. Ou seja, é a oferta de serviços ligados ao cuidado em saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico.

Esses serviços são oferecidos por profissionais da área da saúde, usando tecnologias de informação e comunicação, que facilitem a troca de conhecimentos para promoção e proteção da saúde, redução do risco da doença e outros agravos e recuperação. Também permite a educação continuada em saúde dos profissionais, além de facilitar pesquisas, avaliações e gestão em saúde. A essência é a oferta de serviços e informação médicos na própria comunidade, excluindo a necessidade de locomoção para os centros de referência.

Dessa maneira, telemedicina e telessaúde emergem como novas ferramentas significativas para transpor as barreiras culturais, sócio-econômicas e geográficas para os serviços e informação em saúde em centros urbanos remotos e comunidades carentes.

Seus benefícios incluem acesso local a especialistas, melhoria na assistência primária em saúde e o aumento da disponibilidade de recursos para a educação médica e informação em saúde em comunidades desprovidas de recursos. De maneira geral a telemedicina é praticada em hospitais e instituições de saúde que buscam outras instituições de referência para consultar e trocar informações. Atualmente também vem sendo aplicada para a obtenção de uma segunda opinião médica, na assistência a pacientes crônicos, idosos e gestantes de alto risco, assim como na assistência direta ao paciente em sua casa.

Percebendo a importância dessa ferramenta, o Ministério de Ciência e Tecnologia, juntamente com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e com a Associação Brasileira de Hospitais Universitários (Abrahue) criou em 2006 a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), que busca aprimorar os projetos já existentes na área e implementar o trabalho em novas localidades.

A RUTE permite, primeiramente, a utilização de aplicativos que necessitam de mais recursos da rede e o compartilhamento de dados dos serviços de telemedicina dos hospitais universitários e instituições de ensino e pesquisa participantes. Posteriormente, a RUTE leva serviços desenvolvidos nos HU's a profissionais situados em cidades distantes, por meio do compartilhamento de prontuários, consultas, exames e segunda opinião.

Para saber mais sobre a telemedicina acesse: http://rute.rnp.br/



Você foi um (im)Paciente hoje?
Acesse www.impaciente.org e nos conte como foi sua consulta médica!


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ano-Novo, vida nova

Um ano vai acabando, o outro já vem raiando, e em meio a muitos fogos, champagne e canções de "adeus, ano velho, feliz Ano-Novo", surgem as famigeradas promessas de Ano-Novo. Quase todo mundo promete que vai fazer ou deixar de fazer alguma coisa na virada do ano (inclusive esta pessoa que humildemente vos escreve).

Dizem que vão parar de fumar, beber menos, fazer dieta, praticar mais exercícios... E tentam começar tudo sozinhos! É claro que, como quase toda promessa de Ano-Novo, esse tipo de decisão termina em furada. Quer algumas dicas de como cumprir sua promessa, e não deixá-la para 2014? Veja só:

1. Determinação: nunca prometa aquilo que você não está a fim de cumprir. Para tudo nessa vida se precisa de motivação. Quer parar de fumar mas acha que não vai conseguir? Pense no quanto isso incomoda seu filhinho, que tem alergia ao cigarro. Pense no quanto sua esposa vai gostar quando você não cheirar mais a cigarro. Quer praticar mais exercícios? Pense em como vai fazer bem para a sua aparência, o quanto sua qualidade de vida vai melhorar. Enfim, reflita sobre seu desejo e arrume um motivo.


2. Meta: dizer que vai beber menos, chegar no dia 1º de janeiro e tomar aquela cervejinha na praia, tudo bem. Mas chegar ao dia 1º de junho e tudo continuar na mesma é sinal de que alguma coisa está errada. Marque uma data para começar a realizar seu desejo. Prepare-se para começar, seja comprando o material necessário, montando uma tabela, procurando saber como se faz, mas prepare-se. Começar às cegas é ótimo para adiar sua promessa.


3. Ajuda: às vezes, buscar os meios para começar sua dieta, ou parar de fumar, pode ser meio complicado. Já procurou um profissional da saúde para saber como vai ser daí para frente? Eles têm muito a acrescentar para você chegar lá, e podem até aliviar algumas preocupações e lembrar de alguns riscos que virão junto com sua jornada de Ano-Novo. Procure um médico, nutricionista, uma clínica, não é preciso andar sozinho!

O Ano-Novo é sempre uma oportunidade de se reinventar e mudar para melhor. Já pensou no que deseja para 2013? Ainda não? Que tal visitar http://impaciente.org/ para saber quem procurar para ter uma saúde melhor no próximo ano? Aproveite para, depois, comentar como foi o seu atendimento!

Um 2013 cheio de felicidade, realização e saúde,
É o que deseja a equipe do (im)Paciente!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Doenças Crônicas: preocupação real

A melhora, ainda que gradual, das condições de vida nos grandes centros urbanos e em regiões periféricas, associado ao aumento do poder de consumo de bens materiais e de serviços de saúde vem contribuindo para o aumento da expectativa de vida da população brasileira nas últimas décadas. Porém, ligado à esse fato, uma preocupação vem ganhando espaço em diversos setores da saúde: o crescimento de indivíduos portadores de doenças crônicas.

No Brasil, cresce o número de indivíduos com algum tipo de nefropatia crônica, que é uma complicação de doenças como hipertensão arterial e diabetes. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país, como informa a Agência Brasil.

Além dos diversos sinais e sintomas proporcionados pelas doenças crônicas, outra questão merece ser observada. Os custos advindos dessa condição não param de crescer, ganhando mais espaços nos planejamentos de diversos governos. Segundo o Fórum Econômico Mundial, as doenças crônicas matam 36 milhões de pessoas por ano e custarão quase 47 trilhões de dólares à economia mundial nos próximos 20 anos. O número de mortes pode subir a 52 milhões por ano nesse período, estima a Organização Mundial da Saúde.

Com base nessas informações, o Brasil lançou um plano nacional de enfrentamento para um grupo de doenças. Baseado em ações cujo foco é estimular a mudança de hábitos da população, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis quer estimular os brasileiros a comerem melhor e a praticarem atividades físicas. A meta do governo é reduzir a taxa de mortalidade prematura (menos de 70 anos) por essas enfermidades em 2% ao ano.

Juntamente ao plano, há a intenção de se criar uma rede de atenção à saúde das pessoas com doenças crônicas, de maneira a garantir um atendimento integral a esses indivíduos. A Rede, segundo informações do CONASEMS ( Conselho Nacional dos Secretários Municipais de será instituída no âmbito de uma Região de Saúde e é formada pelas seguintes áreas: Atenção básica; Atenção especializada (ambulatorial, hospitalar, urgência e emergência); Sistemas de apoio; Sistemas logísticos; Regulação e Governança.

Vários são os desafios que se impõem aos profissionais de saúde exigindo inovações nos modelos de gestão para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, a partir da maximização de intervenções comportamentais, neuropsicológicas, ambientais e econômicas custo-efetivas, que levem em consideração a criação de ambientes propícios às escolhas saudáveis de estilo de vida pelos indivíduos, para que se produzam resultados acelerados em termos de vidas salvas, doenças prevenidas e custos altos evitados.

Aproveite sua visita ao nosso blog e comente seu atendimento médico! Em www.impaciente.org

Para mais informações:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31877&janela=1


http://www.conasems.org.br/site/index.php/comunicacao/municipio-em-foco/2588-consulta-publica-rede-de-atencao-as-pessoas-com-doencas-cronicas


http://www.conasems.org.br/site/index.php/comunicacao/municipio-em-foco/2642-instituida-rede-de-atencao-a-saude-das-pessoas-com-doencas-cronicas

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Aleitamento Materno: por que incentivar?


Muitas são as dúvidas sobre o aleitamento maternos: "apenas o leite é suficiente para o bebê?", "devo dar outros líquidos para o bebê além leite?" ou "quando passar a dar alimentos sólidos para o bebê?" entre outras questões. Por isso resolvemos trazer, novamente, falar sobre o aleitamento materno.

O leite da mãe é o melhor alimento que o seu bebê pode receber, não sendo necessário nem mesmo dar água, pois o leite é rico em água, sendo indicado como alimento exclusivo até os 6 meses de vida do bebê, onde já é possível inserir alimentos sólidos (exemplo frutas), mas mantendo a amamentação até os 2 anos. Ele já possui todos os nutrientes que o recém nascido precisa e deve ser dado sobre livre demanda (sempre que o bebê pedir), além de ainda conferir proteção contra infecções por conter anticorpos da mãe que vão combater possíveis microrganismos que possam infectar o bebê. O leite ainda no peito não estraga, não gera custos para a mãe e a amamentação gera momento único para interação entre os filhos e a mãe, estreitando os laços entre eles.


Além disso há outros benefícios para a mãe: ajuda a reduzir o peso após  parto, reduz o risco de diabetes, câncer de mama e de ovário, ajuda na recuperação do tamanho normal do útero (o que reduz o risco de hemorragia e anemia após o parto) e pode ser usado como método para evitar nova gravidez, desde que a mãe esteja amamentando exclusivamente (a criança só se alimenta do leite materno), em livre demanda e que a mãe ainda não tenha menstruado (mas ainda HÁ RISCO DE ENGRAVIDAR, por tanto procure orientação médica caso queira tentar este método para evitar uma nova gravidez).

Por hoje é isso, mas aproveitando a sua visita, acesse http://www.impaciente.org/ e comente seu atendimento médico! Aqui você tem espaço para fazer suas críticas e elogios dos serviços que lhe prestaram.

Um feliz Natal para vocês, amigos leitores!

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=33806

domingo, 23 de dezembro de 2012

Você sabe reconhecer um derrame?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame, é a principal causa de morte no Brasil e a terceira maior causa de morte nos Estados Unidos e no Reino Unido, e a causa de 10% de todas as mortes mundialmente.

Uma pessoa pode ter um "derrame", que é um distúrbio da irrigação sanguínea no cérebro, sem sequer perceber. A vítima pode sofrer danos cerebrais sérios sem que as outras pessoas em volta percebam os sintomas. 

A possibilidade de tratamento do AVC depende do tempo de atendimento. Quanto mais rápido, melhor. Se houver rapidez no atendimento do AVC, até 4 ou 5 horas do início dos sintomas, um medicamento que dissolve o coágulo pode ser dado aos pacientes com AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC, diminuindo a chance de sequelas.

Para reconhecer quando uma pessoa está tendo AVC é necessário se atentar para alguns sintomas:
  • Dormência ou fraqueza súbita na face, braços ou pernas, especialmente de um único lado;
  • Confusão súbita, problemas de fala ou de compreensão;
  • Dificuldade em enxergar com um ou ambos os olhos;
  • Problemas súbitos de locomoção, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação motora.
O AVC é uma emergência médica. Ao menor sinal, o paciente deve ser levado imediatamente ao pronto-socorro aonde receberá os primeiros socorros e, em caso de necessidade, um neurologista dará seguimento ao caso.

Se perceber os sintomas e estiver em casa, ligue imediatamente para o SAMU (192). Se estiver na rua, ligue para o Corpo de Bombeiros (193)

Tão importante como saber diagnosticar e tratar o AVC é saber como prevenir. Os principais fatores de risco modificáveis para o AVC são: Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes e Tabagismo. Trabalhar no controle destes são formas de evitar o surgimento desta doença.

As pessoas que tem fatores de risco não-modificáveis, como histórico de doença cardiovascular na família e idade acima de 50 anos devem ficar atentas para um possível AVC.

Por Ighor Rezende.

Quer comentar sua consulta e saber a opinião de outras pessoas sobre consultas médicas? Não deixe de visitar o site do (im)Paciente.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Taxação sobre bebidas e alimentos pode contribuir para melhorar dieta da população

Uma matéria publicada recentemente na Revista Veja abordou um trabalho de pesquisadores da Nova Zelândia, publicado na revista PLoS Medicine. Após revisarem 32 artigos, esses estudiosos colocaram em evidência a possibilidade de que a taxação sobre bebidas e alimentos possa contribuir para melhorar a dieta da população. Há pouco tempo, uma medida similar foi implementada em relação ao cigarro e bebidas alcoólicas, no Brasil. Os resultados dessa medida ainda não estão disponíveis, porém, podem representar mais um fator contribuinte para a redução do consumo desses itens, especialmente em populações de renda mais baixa.

Segundo os pesquisadores, o aumento de 10% nos preços de refrigerantes e alimentos ricos em gordura pode provocar uma queda de 1% a 24% no consumo desses itens e de 0,2% no consumo das calorias obtidas por esses alimentos.

Muito além, a mudança na taxação não precisa ser sempre na forma de aumento. Por exemplo, segundo os pesquisadores, reduzir em 10% os preços de frutas e vegetais pode elevar o consumo destes itens entre 2% a 8%. Essas medidas, complementares, podem contribuir para o exercício de hábitos alimentares melhores e mais sustentáveis.

Obviamente, essas medidas isoladas possuem impacto reduzido no desfecho final que é o cuidado com a saúde. Além da intervenção nos preços, é necessário investir na educação em saúde nas escolas e empregos. Orientação nutricional adequada e de fácil acesso a todos é fundamental para que a alimentação seja melhor agora e continue sendo ao longo do tempo.

Uma outra medida extremamente importante é a prática de exercícios físicos. Ao realizá-los com frequência, a pessoa pode melhorar seu condicionamento físico, aumentar a perda de peso, reduzir o excesso de colesterol no sangue e participar de atividades que o colocam em contato com outras pessoas, aumentando seu convívio e investindo nas relações pessoais.

Portanto, existem diversas formas de incentivar não somente o consumo de alimentos mais saudáveis no cotidiano, mas, também de aumentar a qualidade de vida das pessoas. Com os resultados publicados na pesquisa, percebe-se mais uma forma de intervir e contribuir com essa reorientação de hábitos alimentares, por meio da economia doméstica. Mais estudos, no entanto, devem ser realizados para dar mais credibilidade a hipótese defendida.



Para ler a notícia completa na revista Veja, acesse: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/taxas-sobre-bebidas-e-alimentos-caloricos-melhoram-a-dieta-da-populacao


Aproveite sua visita ao nosso blog e não deixe de comentar seu atendimento médico no site do (im)Paciente: www.impaciente.org

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

(im)Paciente recebe premiação na 34ª Semana Científica da Faculdade de Medicina da UFF

Semana passada, o (im)Paciente foi premiado como melhor trabalho exposto na 34ª Semana Científica da Faculdade de Medicina da UFF.

Esse resultado mostra o reconhecimento da importância de iniciativas como a do (im)Paciente, que é uma ação de extensão da Universidade Federal Fluminense, vinculado ao Instituto de Saúde da Comunidade, sob a supervisão do médico Ricardo Heber e do professor Aluísio Gomes da Silva Junior.

Disponível na internet desde janeiro de 2012, na plataforma www.impaciente.org, o site permite que qualquer pessoa avalie serviços de saúde recebidos em qualquer município do país.

Ao longo do ano nossa equipe cresceu e hoje, contando com 10 pessoas, nós cuidamos da manutenção do site e mantemos um blog com atualizações diárias sobre assuntos diversos dentro da área da saúde. Com uma linguagem voltada para a população em geral, são disponibilizadas informações sobre alimentação, prática de exercícios, curiosidades e notícias importantes.
O objetivo do (im)Paciente é fazer uma avaliação dos serviços de saúde sob a ótica de quem os usa: você!

No site, você vai encontrar um cadastro com todos os médicos, hospitais, clínicas e laboratórios do Brasil. Qualquer pessoa pode selecionar o profissional ou unidade de saúde desejado e avaliar, por meio de comentários livres ou perguntas objetivas. Você também pode ver a avaliação feita por outras pessoas.

Basta apenas fazer um rápido cadastro e criar um apelido. Ao exigirmos um cadastro, queremos evitar que pessoas mal-intencionadas façam comentários falsos. Por outro lado, sua privacidade está garantida, pois, quando você avaliar um determinado serviço, o que aparece para o público é o seu apelido.

Parte da equipe do (im)Paciente - da direita para a esquerda:
Ricardo, Pedro, Eduardo, Aluísio, Ana Carolina e Bruna.
Você foi um paciente hoje? Avalie seu atendimento médico. Opine, critique, dê sugestões. Veja as avaliações de outras pessoas. Sua opinião é muito importante para construir uma Saúde melhor no Brasil. Acesse: www.impaciente.org











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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Hipertensão: o que é?

Um dos maiores vilões da saúde de nosso corpo tem nome: hipertensão arterial sistêmica. Cerca de 20% da população brasileira podem ter essa doença, o que equivale a cerca de 40 milhões de pessoas, distribuídas principalmente nas faixas etárias acima dos 40 anos de idade. É uma doença extremamente comum, e que leva a uma série de complicações importantes e que podem ser evitadas com medidas simples, que diremos nessa publicação.

A hipertensão arterial acontece quando se tem a pressão arterial elevada. A pressão arterial, falando de forma simplificada, é a medida de quanta força o coração faz para empurrar o sangue para dentro das artérias, e o quanto as artérias resistem a essa força do coração. As artérias são pequenos tubos revestidos duma musculatura bem fina e delicada, que contrai e relaxa, modificando a sua pressão interna, podendo aumentar ou diminuir sua resistência conforme a necessidade dos órgãos e do corpo. Idealmente, a pressão arterial deve ser igual ou menor a 120 x 80mmHg, ou como se diz por aí, "doze por oito".

Quando a pressão fica igual ou maior a 140 x 100mmHg e é medida em duas vezes diferentes por um médico, tem-se o quadro de hipertensão arterial. Normalmente, a pressão sobe por muitas causas totalmente fisiológicas, do próprio funcionamento do organismo. Subir as escadas, levar um susto, correr para pegar um ônibus, às vezes até pensar na pessoa de quem gostamos pode fazer o coração bater mais forte e depressa, e aumentar a pressão. Mas isso é normal! O problema é quando ela está alta mesmo não tendo sido feito qualquer esforço ou sentido qualquer emoção. Isso indica que algo pode estar errado.

A hipertensão arterial chamada primária acontece principalmente em pessoas idosas, acima do peso, obesas e homens. Pessoas jovens, mulheres, e praticantes de exercício rotineiro costumam ter menos frequentemente a doença. Consumir mais sal e ser sedentário põe em risco a saúde por aumentar a pressão. Existe também a hipertensão arterial secundária, mais rara, que geralmente afeta pessoas jovens, e está associada a doenças mais complicadas, como estenose de artéria renal e tumores da glândula suprarrenal. Essas hipertensões estão associadas à insuficiência cardíaca ("coração grande"), aneurismas, insuficiência arterial periférica (causadora de um tipo de gangrena do pé), AVC e cegueira.

Postas essas informações, deve-se pensar, antes de tratar a hipertensão, em preveni-la e evitá-la. Levar uma vida saudável, praticando exercícios diariamente, evitando ingerir alimentos com muito sódio (sal de cozinha, refrigerante, salgadinhos) e levando a vida mais tranquilamente, pode evitar a hipertensão arterial primária. Não é tão complicado quanto parece! Existem muitos temperos que podem deixar a comida gostosa sem deixá-la salgada - alho, pimenta, azeite, vinagre, manjericão, hortelã, orégano... Poderíamos ficar horas falando só sobre eles. Fazer exercícios também requer pouco tempo do seu dia - 30 minutos de exercício diário, que podem ser repartidos em até três sessões de 10 minutos por dia, trazem uma sensação de conforto, bem-estar e satisfação que só quem pratica exercícios sabe dizer como é.

É claro que modificar a dieta e iniciar a prática de exercícios precisa do aconselhamento e apoio de um profissional de saúde treinado - médico, nutricionista, professor de educação física. Não é todo mundo que pode fazer essa quantidade de exercício, e daí a importância de se consultar com um médico, seja ele clínico geral, médico de família, cardiologista ou qualquer outro, para saber como está sua saúde para praticar exercícios. Sair para correr na praia sem saber como anda o seu coração é uma péssima ideia!

O tratamento também é feito com alguns medicamentos, que devem ser periodicamente ajustados pelo médico, que também monitora se a pressão anda controlada. Mas antes de tudo, o importante é evitar a hipertensão, já que não há uma cura, e ela pode causar muitos problemas a médio-longo prazo.

Caso você queira saber mais sobre como prevenir a Hipertensão Arterial, reveja nossas publicações:
31 de Julho: "O controle da Hipertensão Arterial Sistêmica"
15 de agosto: "A prática de exercícios na Hipertensão Arterial"


Você já foi ao seu médico para começar a cuidar de sua saúde e prevenir a hipertensão arterial? Como foi? Comente em http://impaciente.org/!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A importância do Leite Materno


Durante a gestação, a ligação entre a mãe e o bebê é muito intensa. Oxigênio, alimento e até os sons, tudo que ele precisa para se desenvolver, todo o contato com o mundo externo, se dá através do corpo materno. Então vem o parto e o cordão umbilical é cortado. Mas, essa ligação não precisa, nem deve, ser rompida  e a amamentação é uma forma de manter esse laço.

Não há fonte melhor de nutrientes para um recém nascido que o leite materno. Dele o bebê obtém a dosagem certa de vitaminas, minerais, proteínas e carboidratos. O uso de qualquer outra tipo de alimento tanto sólido quanto líquido (água, chá, suco) não é recomendado até os 6 meses de vida. Não sendo também necessário qualquer tipo de suplemento, com exceção de casos clinicamente especias.

Outra vantagem do leite materno sobre as fórmulas é que ele é menos alergênico, bacteriologicamente mais seguro e sempre fresco. Também por meio do leite materno, o bebê recebe células maternas de defesa, enquanto seu próprio sistema imune ainda está em desenvolvimento. Isso é fundamental para a proteção contra infecções, sobretudo respiratórias e intestinais.

Entretanto, amamentar também requer estímulo e preparo. Para isso, muitos serviços de saúde organizam grupos com o objetivo de ensinar às futuras mamães essa arte e permitir a troca de experiências. Mesmo antes da chegada do bebê a mulher já pode se preparar massageando o seio e tomando sol sobre o mesmo, o que ajuda a fortalecer a pele.

A própria amamentação requer uma técnica específica. A boca do bebê deve abocanhar toda a auréola mamária, ficando com o lábio superior para cima, o inferior para fora e o queixo encostado no peito da mãe. Além disso, as mamas devem ser sempre alternadas.Você pode espremer o seio para verificar a presença de leite e logo após deixar o bebê sugar. Lembrando que, durante a primeira hora de vida o reflexo de sucção é muito intenso, sendo esse o melhor momento para início da amamentação.

Uma vez que o bebê esteja alimentado é possível interromper a sucção colocando o dedo mínimo na boca dele e afastando delicadamente seu rosto do seio materno com os dedos. A mãe pode então deixá-lo no colo, de pé ou de bruços para auxiliar na erucção (o popular "arroto") e impedir que o bebê engasgue.

Há contudo casos em que o aleitamento materno não é recomendado. Mães HIV+, dependentes químicas, fazendo uso de alguns tipos específicos de medicamentos, expostas a metais pesados e/ou radiação não devem amamentar. Da mesma forma, bebês com algumas patologias como fenilcetonúria não devem ingerir leite materno, pelo menos não exclusivamente.

Agora que você já sabe da importância do aleitamento materno valorize-o. Incentive as mulheres que você conhece a amamentar seus bebês. E se você não possui leite ou, o que possui é pouco, procure um banco de leite de sua cidade, lá você poderá obter gratuitamente esse alimento tão rico!



domingo, 16 de dezembro de 2012

Quando levar um bebê ao dentista pela primeira vez?

Algo muito divulgado atualmente é a necessidade de uma boa higiene bucal. Mas, com que idade devemos levar as crianças pela primeira vez ao dentista? Como saber quando esta visita passa a ser necessária? Visando auxilar os leitores do (im)Paciente, fomos atrás da resposta para você.

Segundo o Ministério da Saúde, recomenda-se que a primeira visita seja feita aos 6 meses de idade aproximadamente, mesmo que ainda não tenha nascido nenhum dente de leite. Segundo Gilberto Pucca, Coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, "Quanto mais cedo levar a criança a um profissional, melhor", pois ele diz que nesta consulta será avaliada a estrutura bucal da criança, permitindo identificar fatores de risco prematuramente e informar aos pais qual a melhor conduta, além de conversar com os pais sobre alimentação saudável, benefícios da amamentação e aspectos gerais da higiene.

O coordenador reforça que o momento da higienização bucal seja prazeroso para a criança. Ao tornar esta tarefa uma obrigação, facilmente a criança perde o interesse. Além disto, um ótimo artifício para internalizar na criança a necessidade da limpeza diária dos dentes é o exemplo que elas tem dos pais. Ao ver que os pais fazem isto rotineiramente, as crianças acabam por internalizar esta atividade como parte do seu cotidiano mais facilmente. Portanto, se quer que seus filhos tenham uma ótima saúde bucal, comece você pela sua para dar o exemplo.

Essas são as dicas de hoje sobre saúde bucal. Fique atento para as próximas!



Aproveitando a sua visita, acesse http://www.impaciente.org/ e comente seu atendimento médico!

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2241/162/ida-ao-dentista-deve-ocorrer-antes-da-1a-denticao.html

sábado, 15 de dezembro de 2012

Novos equipamentos no Rio Imagem: você já utilizou?

O Sistema Único de Saúde(SUS) é exemplo no mundo por ter como princípio a garantia de acesso aos serviços de saúde a toda a população. No entanto, certas vezes é criticado por não ser capaz de atender a demanda da população.

Enquanto a teoria conquista qualquer um que estude o assunto, a prática neste sistema tem sido cada vez mais difícil tanto para o profissional quanto para o usuário.

Em comemoração ao primeiro ano de atividades do Centro de Diagnóstico por Imagem (Rio Imagem), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o governador do Estado, Sérgio Cabral, entregam o segundo equipamento de ressonância magnética, com capacidade para realizar cerca de 200 exames de coração e de mama por mês. Este novo aparelho é o primeiro e único do tipo na rede de saúde pública disponível a todos os usuários do SUS.

Além disso, o ministro Padilha libera novos leitos no Rio de Janeiro que vão servir de retaguarda para nove hospitais que integram a estratégia do S.O.S Emergências e da Rede de Urgência e Emergência no Estado.

A grande questão deste nosso sistema é sobre a demanda reprimida. O Rio Imagem e nove hospitais da Rede de Urgência conseguem atender à uma cidade com população acima de 6 milhões de habitantes? Onde estão aqueles que não conseguem atendimento? Qual o tempo de espera para conseguir utilizar a nova ressonância?

Comente sobre sua experiência com Centros de Diagnóstico ou Redes de Urgência no SUS em seu município. Acesse www.impaciente.org


Fonte: Ministério da Saúde

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

MPF faz denúncias sobre atendimento à saúde indígena


O SUS tem como um dos seus princípios, estabelecidos na Constituição de 1988, a Universalidade, que define o acesso à saúde para todo cidadão brasileiro. Mas, você já se questionou como isso se dá em uma nação formada por tantas comunidades diferentes? Como garantir por exemplo atendimento público e de qualidade para as tribos indígenas espalhadas pelo país?

Em 2010, o governo federal criou a Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai) ligada ao Ministério da Saúde para cuidar especificamente do atendimento de saúde nos 34 distritos indígenas. Cabe a ela a gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, assim como a coordenação e avaliação de ações referentes a atenção integral à saúde indígena e educação em saúde. Identificar, organizar e disseminar conhecimento sobre a saúde indígena também são funções do Sesai.

Segundo Fernando Rocha, secretário-substituto da Sesai, desde a criação da mesma, o número de médicos atuando nos distritos indígenas aumentou de 164 para 314. Além disso foram revistos contratos com várias Organizações não Governamentais (ONGs) que atuam na saúde indígena para combater as denúncias de desvio de verbas.

Contudo, o Ministério público Federal (MPF) ainda considera a atenção à população indígena insuficiente. No último dia 10, um conjunto de ações com o objetivo de melhorar esse atendimento foram instauradas. Ao todo foram 98 inquéritos civis públicos espalhados pelo país cobrando políticas públicas nessa área.

As denúncias são semelhantes em todos os lugares e destacam problemas principalmente na atenção primária. Faltam profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos,...), medicamentos, além de questões estruturais como saneamento básico nas áreas ocupadas pelas tribos indígenas. O próprio número de postos de saúde está muito aquém do necessário para a cobertura da população indígena. Outro déficit apontado foi em relação ao transporte desses usuários para unidades do SUS de maior complexidade.

Percebe-se então que existem políticas de ação para atendimento de comunidades indígenas, mas que as mesmas ainda precisam ser aprimoradas. Para isso não são necessárias apenas denúncias. É preciso empenho em diversas frentes, como investimento em infra-estrutura por parte do Governo Federal e uma maior preocupação durante a formação médica em preparar os futuros profissionais para tratar esses usuários.


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