A acupuntura é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa, segundo o qual a prevenção e o tratamento de doenças são feitos por um conjunto de práticas que inclui fitoterapia, exercícios físicos e alimentação adequada. Antes de continuarmos a falar sobre acupuntura, é fundamental ter em mente que o raciocínio envolvido no diagnóstico e tratamento dos pacientes é baseado em conceitos extremamente estranhos aos ocidentais, como os cinco elementos, o tao (equilíbrio entre yin e yang), o fluxo de chi (energia vital) e xué (sangue), zang (órgão) e fu (víscera).
O tratamento acupunterápico consiste no diagnóstico, feito a partir dos ensinamentos clássicos da Medicina Tradicional Chinesa e na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo, chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos", para obter diferentes efeitos terapêuticos de acordo com o caso tratado. Acredita-se que, ao introduzir as agulhas (muitas vezes com baixas correntes elétricas que as aquecem) nesses pontos específicos, o fluxo de chi (energia vital) é desbloqueado, retomando o equilíbrio entre o yin e yang (forças opostas que se manifestam no corpo pelos extremos, calor e frio, excesso e deficiência).


É preciso compreender que, apesar do uso de recursos tecnológicos atuais, a acupuntura que se realiza hoje é exatamente a mesma que se realizava nos primórdios da civilização chinesa, utilizando um raciocínio absolutamente estranho à medicina ocidental e sem qualquer preocupação ou influência relativa à existência ou não de explicação científica dos fenômenos verificados.
No Brasil, a acupuntura, reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um tratamento complementar, chegou durante a imigração japonesa, no final do século 19. Em 1988, o SUS (Sistema Único de Saúde) reconheceu a prática da acupuntura no país, porém, ela só foi aceita como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina em 1995.
Só em 2011, o Ministério da Saúde destinou 5,6 milhões de reais para os procedimentos de acupuntura, incluindo as consultas, realizados nos 678 estabelecimentos que prestam o serviço pela rede pública. Neste ano, até agosto, foram repassados quatro milhões de reais.
Esse salto nos atendimentos é atribuído à implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), em 2006, que tem como objetivo a prevenção, promoção e recuperação da saúde. Essa medida passou a oferecer à população o acesso às terapias não convencionais, o que inclui acupuntura, práticas corporais (como lian gong e tai chi chuan), homeopatia, fitoterápicos e plantas medicinais.
Se interessou pelo assunto? Saiba mais no site da Associação Médica Brasileira de Acupuntura: http://www.amba.org.br
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A partir de hoje, o nosso blog entra em recesso por uma semana. Retomamos nossas publicações normalmente no dia 6 de janeiro.
A equipe do (im)Paciente deseja a todos um feliz 2013! Que nesse novo ano possamos continuar a caminhar juntos em busca de um saúde melhor para todos!