sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Crianças e adolescentes com apneia do sono

Essa semana a Academia Americana de Pediatria publicou um artigo tratando da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (OSAS) em crianças e adolescentes. Porém, antes de falarmos da pesquisa em si, vamos esclarecer o que é essa síndrome.

A apneia do sono é um dos principais distúrbios do sono. Trata-se de uma condição que desorganiza os movimentos respiratórios por causa de uma obstrução parcial ou total das vias aéreas. Tal obstrução pode ser causada por obesidade, crescimento das amígdalas, malformações da mandíbula ou faringe, hipertrofia da língua, tumores, hipotonia dos músculos da faringe ou falta de coordenação dos músculos respiratórios.

Os sintomas mais comuns são roncos, interrupção da respiração e sono excessivo durante o dia. A pessoa passa a ter dificuldade para realizar atividades comuns do dia-a-dia, como dirigir e falar ao telefone, além de apresentar cansaço, irritabilidade, depressão, redução da libido, impotência sexual, e dor de cabeça pela manhã.

Ao contrário do que muita gente pensa, esse é um problema grave, já que vários estudos demonstram que essa síndrome está associada a maior risco de infartos, derrames e arritmias cardíacas.

Apesar de ser mais comum em idosos, a OSAS também afeta crianças e adolescentes e é sobre isso que fala o artigo americano. Segundo o artigo publicado dia 27 de agosto de 2012 no Official Journal of The American Academy of Pediatrics (http://pediatrics.aappublications.org/), crianças com apneia do sono podem apresentar, além dos sintomas já descritos, problemas de aprendizagem, comportamento, crescimento e atrasos no desenvolvimento.

A Academia recomenda, portanto, que todas as crianças com episódios frequentes de roncos sejam encaminhadas para uma triagem a fim de detectar a presença da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. O diagnóstico é feito a partir de um exame, feito em laboratório, que analisa o sono do paciente durante uma noite inteira.

Como forma de tratamento, é indicada como primeira opção, a cirurgia para remoção da adenóide, a adenotonsilectomia. Por ser um fator de risco importante para a OSAS, a obesidade deve ser controlada, e a perda de peso é recomendada. Há também o tratamento com uma máscara (CPAP) usada durante a noite, que fica conectada a um compressor de ar, ajudando o ar a passar pelas vias aéreas obstruídas.

Caso você queira saber mais sobre esse assunto:

Veja o artigo no site do Official Journal of The American Academy of Pediatrics: http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2012/08/22/peds.2012-1671



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