quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Atenção Básica: exemplo e caminho

Em 2008, após a divulgação de um relatório, a OMS colocou o Brasil em uma posição de destaque no cenário da saúde mundial. Nele, a entidade aponta as iniciativas brasileiras em atenção básica como um exemplo que, apesar das dificuldades enfrentadas, tem muito a acrescentar no que se refere a novas estratégias de atender à população.

O documento, intitulado Atenção Primária à Saúde, agora mais do que nunca, recomenda que os países adotem cuidados primários de saúde em suas políticas numa tentativa de combater a desigualdade e ineficiências dos problemas de saúde.Nesse sentido, a OMS destaca iniciativas como o Programa Saúde da Família e os observatórios de Recursos Humanos em Saúde como modelos a serem seguidos, já que demonstraram bons resultados para aprimorar o sistema público de saúde no Brasil.

Há, ainda, muita desigualdade no acesso e na oferta de serviços de saúde, sem falar nos custos que podem ser gerados. Esses problemas comprometem a estruturação de um bom sistema de saúde. A insistência em um modelo de especialistas que mais se importam com a doença do que com o paciente por um todo e suas relações com o meio em que vive dificulta a obtenção de melhores em saúde. Melhorar o acesso e a participação popular, principalmente, é o caminho a ser seguido para um melhor desempenho do sistema de saúde.

Nesse caminho, para implementar as reformas, a OMS faz quatro recomendações e destaca o sucesso das iniciativas adotadas no Brasil com relação à atenção primária. Destaca-se, primeiramente, que os países adotem o acesso universal à saúde e cita o Brasil como exemplo. Além disso, a comunidade deve ser o ponto de partida para a análise dos condicionantes de saúde.

Novamente, o documento cita o sucesso do programa brasileiro Saúde da Família, adotado em 1994 como um dos programas propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção básica. 

O documento ressalta ainda a necessidade de descentralizar as políticas de saúde e incorporar outros setores, como o de educação, por exemplo, como parte do sistema do país para garantir uma melhor cobertura das políticas de prevenção.Finalmente, a OMS recomenda que o sistema de saúde seja implementado com liderança e que envolva todos os setores da sociedade - o setor privado, as comunidades, a sociedade civil e o empresariado.Nesse sentido, o relatório destaca o trabalho dos observatórios em Recursos Humanos em Saúde no Brasil, que desenvolve pesquisas e sistematiza as informações sobre saúde para oferecer subsídios na formulação de políticas de saúde em todos os níveis.

Integrar e inovar, convidando todos a participarem devem ser os pontos norteadores para uma nova estratégia em saúde. Mais forte, mais próxima, com foco preventivo, reduzindo custos e gerando participação coletiva efetiva.

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